Translate

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Uma Linda História dos Pioneiros Francisco Muniz e Alfredo Farias

Uma Linda História

dos Pioneiros

Francisco Muniz

e

Alfredo Farias





Francisco Muniz dos Santos, nasceu em 10 de Janeiro de 1958, natural de Natal no Rio Grande do Norte. Frequentou a Escola Estadual Padre Monte e depois se formou em licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Campina Grande.

Em 1978, Francisco Muniz, ao completar a maioridade, foi para o Quartel, para prestar o Serviço Militar. Em virtude de ter estudo, não entrou como Soldado raso. Devido ter muitos soldados, para o sargento anotar as flexões, corridas e etc, ele teve a idéia de colocar os soldados um de frente ao outro. Nesta ocasião Muniz conheceu o jovem Jairo Brito Moisés, que não perdeu a oportunidade e apresentou ao amigo a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Esse jovem foi muito esperto e não perdeu a oportunidade de apresentar um Deus verdadeiro. Não demorou muito para que logo Francisco Muniz se batizasse na Igreja Adventista no dia 24 de Setembro de 1979. A partir daí entrou no Clube de Desbravadores, mas ficou envergonhado por ter que usar o uniforme, em virtude de que naquela época não ser comum. Mas um grande irmão o ajudou nesta questão, era Artur Gomes, que o ajudou levando ele nas reuniões do clube. A princípio aquele Clube se reunia numa pequena sala dentro da Igreja, sem visão de crescimento, até que ele foi orientado a ser o Ancião Jovem, para fazer um trabalho na periferia de Natal – RN, chamado de Bom Pastor.

Aos 19 anos conheceu um grande líder de Desbravadores, apaixonado por ensinar, era Alfredo Macedo Farias, ele frequentava a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Natal – Rio Grande do Norte e que apresentou o Clube de Desbravadores a ele e a partir daí fez com que ele amasse esse movimento.


Certa ocasião, Muniz e Otacílio, dois Missionários, foram abençoados pela Igreja para começar um novo trabalho. Mas quem já estava lá era Alfredo Farias, que na humildade dele ficou apenas para orientar as pessoas e Desbravadores que chegavam para se sentarem, deixando que eles trabalhassem e pregassem. Aquilo foi uma atitude muito humilde desse servo do senhor. Ele era muito experiente a nível de Desbravadores e de conhecimentos bíblicos e aconteceu que no decorrer das noites, os sermões se esgotaram e Alfredo continuou o trabalho. Esse homem de Deus, foi um dos grandes contribuintes para os Desbravadores do Rio Grande do Norte. Além de ensinar Muniz e Otacílio a marchar, a cantar e contar histórias bíblicas.

Então no ano de 1985, Muniz realizou um grande trabalho na Zona Norte da Cidade de Natal, e nesta oportunidade formaram o Clube de Desbravadores Castelo Forte, que foi uma referência em formação de líderes e pastores da nossa Igreja.




O primeiro Clube de Desbravadores que Francisco Muniz participou foi o Clube de Desbravadores Cruzeiro do Sul, da Igreja Adventista Central de Natal e que na época era dirigido por Milton Silva. Depois participou do Clube Marechal Rondon, que era o Clube de Desbravadores do Alfredo, que foi justamente ali que aprendeu muitas coisas a respeito do movimento dos Desbravadores e da forma de liderar. Ele conta que certa ocasião eles estavam acampados em Ponta Negra, num Parque chamado Parque Atlântida, para que la os Desbravadores pudessem praticar as coisas aprendidas. Havia alojamentos para os Homens e para as Mulheres e uma vez Alfredo sabendo que algo errado acontecia, pediu que todos fossem dormir. Eles ficaram escondidos e em certa determinada hora da noite, um menino saia de seu alojamento e se encontrava com uma garota para namorarem. De repente outro casal, até que se formou três grupos. Isso fez com que Muniz aprendesse a liderar. Finalizando a história, ele conta que abordaram os casais e disseram que era para eles estarem dormindo e não acordados, dando uma lição nos mesmos. No dia seguinte ele demonstrava amor, abraçando e dizendo aos mesmo, foi tudo tranquilo. Aquilo era uma liderança cativante e que muito o impressionou. A sua história pôde ser dividida no sentido humano, antes de Alfredo e depois de Alfredo.

Alfredo Macedo Farias


Alfredo Macedo Farias, nasceu em 02 de Novembro de 1940

 

Outro momento marcante da história de Alfredo, foi quando certa vez ele descia o Morro de Maria Luiza em Natal – RN. Naquela época aquele local era muito perigoso e já tarde da noite Alfredo descia tranquilamente após uma sessão de fotos num programa, já que esse era um dos seus trabalhos, foi abordado por uma pessoa que disse para ele, que quem descia o morro naquela hora estava pedindo para ser roubado e ele tranquilamente respondeu que imagina, só sendo doido para descer sem ter uma arma. Mas vale ressaltar, que nem um gilete, um punhal nunca teve em seu uniforme. A sabedoria sempre estava presente com Alfredo. A Liderança dele era ensinada em cada passo com lições preciosas.

Enquanto essa dupla trabalhou em conjunto o progresso da LICEDERN foi gigantesco. A cada dificuldade encontrada sempre era encontrada uma solução. Talvez uma das maiores dificuldades e que em muitos locais ainda são, é com respeito ao uniforme. Mas para que os nossos Desbravadores pudessem sempre possuir nós solicitávamos apadrinhamento de pessoas com condições para adotar uma criança. Nós vendíamos marcas páginas, materiais feitos com sabão, pastas para lavar loucas e etc. Sempre vencíamos pois Deus estava à frente e nossos Desbravadores sempre estavam bonitos, mesmo numa região com muita dificuldade do país.

Nunca participávamos de Camporis, pois não tínhamos condições de ir. Mas com toda certeza pelos anos de 1980 e 1990, nossos Desbravadores e Clubes estavam entre os melhores Clubes do Estado e do Brasil. Não participávamos devido aos recursos escassos. Entretanto quando houve o V Campori da Missão Nordeste, em 1991, com o tema “A Última Missão”, realizado em Recife – PE e que foi idealizado pelo Pastor Antônio Ramos Brito, fizemos um grande esforço e Francisco Muniz foi como Diretor dos Clubes de Desbravadores Castelo Forte de Natal – RN e Clube de Desbravadores Cruzeiro do Sul da Igreja Central de Natal. Graças a um problema interno ele teve que ir neste campori como Diretor de dois Clubes, mas com esforço, os dois tiraram Padrão A.

Outro grande líder que conheceu Francisco Muniz foi Ronaldo Florêncio de Andrade, que relata que em 1985, quando Muniz chegou em Nova Natal, ele estava vindo da Igreja Adventista Central e que tinha casado fazia pouco tempo com Josineide Josino. Todos relatam que sua lua de mel de tanto amar os Desbravadores foi realizando atividades dos Desbravadores. Ele veio morar num Conjunto Habitacional chamado Santa Catarina, devido ao seu novo trabalho na Escola Estadual Professor Paulo Pinheiro de Viveiros, na época era escola de Nível Fundamental II, que ia apenas até o 9º ano antiga 8º Série. Ele trabalhava como Professor de Matemática, pois tinha acabado de se formar nesta área. Nos intervalos das aulas, ele gostava de estar entre os adolescentes e era quando falava a respeito do Clube de Desbravadores. Como viu que atrás da Escola havia um campo de futebol, não pensou duas vezes, de começar ali um Futebol. Então ele marcava com os meninos e meninas, geralmente quando não tinha aula, nos finais da tarde, aos domingos. Como todos tinham fome de bola, eles se reuniam para os jogos e ali começou ali um Clube de Desbravadores. Ele vinha com a bola, separava os times por idade, jogavam o futebol e após os jogos falava do amor de Cristo e a falar dos Desbravadores. A partir daí os adolescentes foram pegando gosto e surgiu o Clube de Desbravadores na Zona Norte de Nova Natal. Naquela época era um Distrito grande, hoje são divididos em vários outros Distritos. O Clube de Desbravadores começou na casa de uma Irmã que já é falecida, chamada Irmã Maria, sendo que os Desbravadores tinham reuniões nas Quartas Feiras, onde eram dados Estudos Bíblicos como o Curso “Encontro com a Vida”. Aos domingos à tarde as reuniões também eram na casa dessa irmã, onde ali aprendíamos tudo a respeito de Desbravadores. Durante a semana, nas terças, as vezes nas quintas, tínhamos nossas reuniões na rua debaixo de um poste de iluminação. Foi através dessas dificuldades que os Desbravadores começaram em Natal. Naquela época o Clube teve sessenta, setenta ou oitenta crianças, de tanto juvenis que vinham para o futebol. Foi através de um jogo de futebol que surgiu o Clube de Desbravadores Castelo Forte, e através do Clube uma linda Igreja. Depois da formação do Clube Castelo Forte, surgiram vários outros. Daqui saíram grandes líderes e grandes Pastores. Ao total foram 9 pastores. Alguns deles se tornaram Secretários da Instituição, trabalhando ou na Missão ou em Associações, outros se tornaram Departamentais e outros Pastores Distritais.

Desbravadores do Clube Castelo Forte - 1985


Após a criação do Clube de Desbravadores Castelo Forte, toda essa trajetória de Francisco Muniz, mais conhecido por XUXA acontece. Embora ele sempre fosse um paizão para os Desbravadores, fazia de tudo por um menino. As vezes até visitando lares para saber do adolescente, mesmo assim sofreu grande resistência das famílias católicas, pois muitos achavam que ele vinha com esse negócio de crente ou coisas desse tipo para mudar a religião do participante. Mas muitos pais confiavam muito no seu trabalho e foi a partir daí que tiveram vários acampamentos, além disso participaram de alguns camporis grandes como o V Campori da Missão Nordeste, que englobava alguns Estados e de vários outros Camporis Regionais efetuados pela LICEDERN e também da Nova Missão Nordeste, quando foi estabelecida em 1995. 

 


Mas Francisco Muniz foi peça chave tanto aqui na Zona Norte, como no interior do Rio Grande do Norte. Teve um grande papel também na Paraíba, onde ali formou alguns Clubes de Desbravadores. Mas foi em Natal que Muniz direcionou todo mundo. Segundo Ronaldo Florêncio, que não conhece Muniz ou o Xuxa, aqui no Nordeste, não conhece ninguém. Pois ele era mais conhecido do que farinha na feira como assim falavam. Ele fala que em Natal temos vários outros Pioneiros que muito contribuíram como a Professora Assunção, a falecida Zulmira, Jairo Brito Moisés que também é falecido. Além do grande Alfredo Farias, dentre outros. Porém foi Muniz o nome mais forte, o cara que explodiu os Desbravadores no Rio Grande do Norte. Se você for do interior a capital e perguntar aos mais antigos, por unanimidade todos dirão a respeito desse grandioso líder de Desbravadores. Tudo era idealizado por Muniz, Passeatas e outras atividades.




Foi ele quem inovou a liderança e fez com que muitos se inspirassem no seu trabalho e na sua liderança. No período em que esteve no Rio Grande do Norte ou na Paraíba, todos são agradecidos por ele até hoje, pois são pais de famílias e líderes de nossas Igrejas. Ele se dedicou, ele direcionou adolescentes, ele foi um revolucionário e influenciador no mundo dos Desbravadores.

Muniz era considerado um pai. A maioria dos adolescentes os pais trabalhavam, então ele veio para dar suporte. Nesta época não existiam as drogas que hoje conhecemos, mas já existia a cola de sapateiro. Muitas vezes, ele adentrava uma mata chamada lagoa Azul para buscar e resgatar menores. Inclusive ele era considerado até pelas pessoas da barra pesada. Sua maior felicidade era ver essas pessoas longe dessas porcarias de drogas. O povo respeitava-o devido a forma dele conversar, da forma dele tratar. Ele cativava as pessoas.

Os acampamentos que Muniz realizava serão eternamente lembrados pelos Desbravadores. Ele gostava muito do Desbravador raiz. Dormir em lona e isso cativava os meninos a sempre querer acampar. Certa ocasião ganharam uma área de um parque denominado Parque Atlântida, de uma Irmã que chamava Atlântida (já falecida), que doou essa área para a Instituição. Era um parque, onde haviam alojamentos, um local bem grande e onde foram realizados a maioria dos acampamentos. Posteriormente a Igreja Adventista vendeu esse local, pois não conseguiam manter.

Devido a tudo isso os Desbravadores da Zona Norte e da Zona Sul cresceram muito e hoje neste local há uma infinidade de Igrejas Adventistas, frutos de muitos Clubes de Desbravadores e de líderes que marcaram uma história.

Francisco Muniz relata, que ninguém faz nada sozinho. Essa não é a nota tônica de um grande líder. Ele sempre teve companheiros maravilhosos e que construíram uma bela história na União Nordeste. Somente com o apoio dessas pessoas gigantes hoje essa União tem um grande brilho e crescimento. Ele agradece muito a Alfredo Macedo Farias, Erivan, Vonaldo, Ronaldo Florêncio, Professora Josi e tantos e tantos outros líderes que ele poderia esquecer de algum nome e não seria justo. Mas graças a todos uma linda história foi escrita. Hoje graças ao apoio muitos Pastores da Instituição Adventista, saíram do trabalho realizados por eles. E ele acredita que a Igreja Adventista deve empenhar mais em ajudar na formação de novos líderes para que assim a continuidade nunca pare. Ele não concorda com a idéia de que só eu faço. O melhor seria nós fazemos. A melhor idéia é quando você ensina outros a fazerem e quando você dá a oportunidade, quando você dá a possibilidade e condições para que outros sejam melhor que você. Esse é o pensamento básico que a gente encontra na liderança de Cristo e é o que você deve seguir no seu estilo de liderança.

CliqueAqui

Conheça uma linda História de 

Francisco Muniz e Alfredo Farias



Clique e Retorne ao 

Índice Geral da União Nordeste







 

Nenhum comentário:

Postar um comentário