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terça-feira, 27 de julho de 2021

Batismo da Primavera

 

Na Primavera da Vida:
a Melhor Decisão



A Igreja tem um jeitinho especial
de segurar os juvenis.


por: Pastor Claudinei Cândido Silva

Num salão de culto, entrava trêmula e cambaleante, uma velhinha. A ninguém atraía simpatia, e os olhares de todos pareciam desprezar a presença da anciã. Ela mesma sofria tal realidade. Mas, na mesma fila de poltronas, estava sentado um garotinho de cor que não a olhava assim. Um franco sorriso parecia cumprimentar a 'vovozinha', e o ar acabrunhado da idosa visitante desaparecia, conformado pelo sorriso do menino."

A presença do juvenil em nosso meio é marcante, alegra, encanta. Dá vida à Igreja. Mas é preciso trabalhar bastante nessa fase para a conservação dos juvenis.

Para que seja alcançado esse objetivo, é muito importante o apoio e exemplo dos pais. No culto familiar, no estudo da lição da Escola Sabatina, na dedicação à Igreja e amor transparente a Jesus. Isso conquista definitivamente o "coraçãozinho" deles, e lhes dá força para a decisão ao lado de Cristo.

A Escola Sabatina exerce um papel muito importante; é o que temos de mais forte no trabalho espiritual com os juvenis, mas, infelizmente, pouco tempo é dedicado aos sábados para esse trabalho. O contato que se tem com eles é muito reduzido, mas isso pode melhorar se os pais derem a devida importância ao estudo da lição da Escola Sabatina.

Por sua vez, a Escola Adventista, por ter no plano de curso um programa de ensino religioso e ter uma filosofia cristã de educação, traz um ambiente favorável, intelectual e geralmente integrado com o ensino religioso. A Escola Adventista possui um programa muito eficaz na conquista de juvenis.

Por ser uma atividade catalisadora, todos têm que passar por uma escola, seja adventista ou não, e se eles estão lá, por que não trabalhar por eles?

Há de alguma forma a possibilidade de se estudar na Escola Adventista sem estar necessariamente na igreja. Isso porque o juvenil separa uma coisa da outra: escola é escola, igreja é igreja.

A influência do Clube de Desbravadores

O Clube de Desbravadores reúne todas as características que vimos acima, e oferece ao juvenil algo que ele não encontra muito em nossa igreja: "espaço". O Clube, além de falar a linguagem dele, age também na sua velocidade, pois tudo foi pensado para atraí-lo, motivá-lo, tirá-lo do mau caminho e conduzi-lo a Cristo, instruindo-o em níveis variados do conhecimento humano. 



O juvenil Wesley Rodrigo Azevedo, batizado aos 11 anos, declara que a Escola Sabatina e o Culto J.A. eram um grande incentivo, mas se não houvesse o Clube de Desbravadores, dificilmente os juvenis se enquadrariam na Igreja, não teriam uma atividade para eles.
Pedro Henrique de Assis Moreira, batizado aos 12 anos, gostava mais da Escola Sabatina: "Mas os acampamentos, as lições espirituais que tirávamos da Natureza, tudo isso me motivou para a decisão ao lado de Cristo", declara.

E certo que juvenil não precisa ser um adventista para ser um Desbravador, mas sendo ou não, o juvenil estará muito mais "ligado" à igreja, porque o Clube de Desbravadores está ligado diretamente a ela, sendo um dos seus departamentos.

Os juvenis e o batismo



Os batismos realizados nos últimos anos, na União Central-Brasileira e em todo território da América do Sul, são de jovens e foram realizados no "Batismo da Primavera", sendo grande parte dos candidatos, juvenis de 10 a 15 anos. Mas o que os motiva a tomarem essa decisão?

Os juvenis, mais do que ninguém, apreciam histórias, principalmente se elas apresentam heróis. Não há nada mais lindo do que a história da vida e morte de Cristo, e isto faz dele um herói como nenhum outro. Essa receptividade facilita o trabalho do Espírito Santo em impressionar o interessado "coraçãozinho". Se tivermos problemas para trazer juvenis ao batismo, é porque provavelmente não estejamos apresentando Jesus de maneira correta, ou simplesmente porque não há nada que o interesse na igreja.

A idade juvenil é uma idade em que as coisas seculares exercem uma tremenda influência, e, a menos que desempenhemos atividades influentes na vida deles, os perderemos.

E ilusão pensar que o que mantém os juvenis na igreja, é só a decisão positiva pelo batismo. A decisão ao lado de Cristo é nobre, não resta dúvida, mas deve ser reforçada com as amizades e atividades próprias para a idade deles. Sem isto, não conseguiremos mantê-los.

Recompensa

"Dias se passaram e uma notícia chegou surpreendente, ao centro de reuniões. A velhinha morrera deixara em seu testamento ura parágrafo assim redigido: 'A casa da esquina da rua tal deverá ser vendida e o dinheiro posto à disposição do menino de cor da igreja. E dinheiro suficiente para pagar-lhe o estudo e manutenção de toda a vida; é em pagamento de seu sorriso'."

Esta história foi publicada em novembro de 1963, na Revista Adventista, pelo Pastor Ademar Quint, que em setembro daquele mesmo ano, apoiando a idéia de uma Obreira Bíblica, realizou o 1° Batismo da Primavera na Igreja de Madureira, no Rio de Janeiro. Exatamente dois anos depois de o Pastor Wilson Sarli ter realizado, na cidade de Ribeirão Preto, o 1º Batismo de Desbravadores no Brasil.

O batismo representa a morte para uma vida de pecado, e o nascimento para uma nova vida em Cristo. Não é por menos que muitos se emocionam. Uma cerimônia que já era bonita ficou muito mais rica, com o surgimento do Batismo da Primavera, pois é nesse batismo que os juvenis se entregam a Cristo.

Devemos dar mais atenção ao trabalho dos juvenis. Podemos chegar a pensar que eles não sabem fazer muito na igreja, e isso pode até ser verdade, se não investimos neles, mas uma coisa é certa: saberão sorrir no momento oportuno.


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