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terça-feira, 16 de setembro de 2025

IX Campori União Sul Brasileira

 IX CAMPORI

UNIÃO SUL BRASILEIRA 



IX Campori da União Sul Brasileira
“Esperança para Brilhar com Poder”
Santa Helena – PR
20 a 24 de Janeiro de 2010





Por causa da chuva que caiu na quarta-feira, 20 de janeiro, a chegada foi a primeira prova dos 12 mil acampantes. Eles enfrentaram lama por toda parte e alagamentos nas áreas mais baixas do acampamento em Santa Helena, cidade paranaense a 110 quilômetros de Foz do Iguaçu. Mas a água deu lugar ao sol escaldante, típico da região nessa época do ano, durante o campori, que se estendeu até o dia 24. A preparação começou há mais de dois anos e o evento estava previsto para setembro de 2009. Mesmo sendo adiado por conta da gripe suína, o acampamento bateu recordes na Região. Para a prefeita de Santa Helena, Rita Schmidt, "é uma honra receber, pela segunda vez, um acampamento adventista na nossa cidade. Além de nos trazer esperança, atrai a atenção da imprensa para os assuntos positivos sobre o município". E exposição não faltou na mídia local e estadual. Todas as emissoras de TV e rádio, bem como os jornais pautaram o evento, além de visitar o acampamento e entrevistar organizadores e participantes. 


Às provas típicas de um campori, como tirolesa, arvorismo, salvamento e outras provas físicas, foram adicionadas atividades culturais e ecológicas como a visita ao Museu da Bíblia (veja box) e instruções de como aquecer água em casa usando material reciclável. "Nós ensinamos recursos aqui que podem ser usados em outros lugares e esperamos que os desbravadores sejam, agora, os difusores desse conhecimento nas comunidades onde vivem", prevê Alexandre Almeida, cabo da Força Verde da Polícia Militar. Para quem nunca tinha participado de um campori, como Gabriela Santos, 11 anos, a impressão foi muito melhor que a expectativa. "Eu achava que ficávamos na lama o tempo todo, sujos, correndo, mas não é assim. É muito bom e deve ficar ainda melhor". Já quem é veterano e tem mais de 30 encontros desse no currículo, como Celso Formighieri, 72 anos, a comparação é inevitável: "No meu tempo, os camporis eram quase um teste de sobrevivência e ficávamos ainda mais integrados com a natureza. Hoje, os jovens têm mais recursos, inclusive tecnológicos, e nem conseguem ficar muito tempo longe da internet." São justamente essas diferenças que tornam a estada em barracas um pouco menos desconfortável. 



A novidade desse acampamento, transmitido ao vivo pela internet, foi a utilização, pelos juvenis, de uma Lan house para atualizar amigos e familiares sobre as atividades. 

O Pastor Marlinton Lopes, Líder dos adventistas da Região Sul, também comparou os camporis de hoje com os da sua geração. "Eu fui desbravador na época em que o militarismo imperava e as noções de hierarquia e disciplina eram mais rígidas. Porém, não importa a época, as lições de liderança que os jovens recebem desde cedo ajudam a formar cidadãos e líderes mais conscientes e úteis à sociedade, mas os líderes só conseguem exercer essa autoridade se o comportamento for coerente com as palavras", reforça. 

Durante dois dias os clubes se dividiram em dois grandes grupos para conhecer as Cataratas do Iguaçu, patrimônio mundial da humanidade. Nos cultos da noite, dirigidos pelo Pastor Elmar Borges, líder dos desbravadores nordestinos, notou-se a organização e reverência do grupo. "Nesse campori conseguimos passar algumas noções fundamentais para a vida do desbravador. Uma delas é a reverência, quer nas cerimônias, nos cultos ou em qualquer lugar. Outra lição é o respeito ao líder e toda autoridade constituída, seja pastor, diretor de unidade ou um superior", explicou o Pastor Areli Barbosa, líder dos desbravadores sulistas e organizador do campori.

Governador Roberto Requião

Toda essa reverência e pompa foram vistas na visita do governador do Paraná, Roberto Requião, no sábado. Ele jantou com os líderes e falou aos adolescentes. Acompanhado do deputado estadual Artagão Júnior, que é adventista e foi desbravador por dez anos, o governador recebeu uma garrafa de suco de tomate da Superbom que, segundo ele, o transformou de um menino fraquinho em um jovem forte. "Um acampamento assim, sob a égide da Igreja Adventista, que prima pela ética e princípios da Bíblia só pode ter resultados positivos. Eu já me considero frequentador dos camporis, só falta vir acampar junto e como oficial da cavalaria nem seria tão difícil", elogiou Requião. 

E os princípios da Igreja puderam ser vistos nas músicas cantadas e no batismo de desbravadores realizados a cada culto, de manhã e à noite. O orador do culto matutino, Pastor Otimar Gonçalves, Líder dos Desbravadores sul-americanos, afirmou que tudo foi feito com muita organização, "o que coroou os esforços dos juvenis que trabalharam por mais de um ano para conseguir chegar nessa celebração". 

Na tarde de sábado, foi realizado o Impacto Santa Helena, com a distribuição de milhares de livros Tempo de Esperança e sementes da planta crotalária, que combate o mosquito da dengue. Os adolescentes se juntaram e fizeram uma varredura no município e cidades vizinhas entregando a literatura. O culto da madrugada, sempre realizado às 5h30, foi adiantado para as 4h no último dia. Uma ilustração da volta de Jesus, num grande palco a céu aberto, emocionou os desbravadores. Depois, espiritualmente preparados, eles saíram para a cidade, em serenata, acordando os moradores com hinos sobre a volta de Jesus.


Museu da Bíblia

Um acervo com 1.576 Bíblias. Exemplares em diferentes formatos e idiomas. A mostra esteve aberta à visitação no campori. Na coleção, há Bíblias e porções das Escrituras em 303 idiomas, incluindo línguas indígenas e esquimós. Outra atração foi um exemplar de 1669. Para quem não se contentou em folhear os escritos sagrados, pôde viajar aos tempos bíblicos, através do cheiro de perfumes citados na Bíblia. Essências como mirra (um dos presentes que Jesus recebeu por ocasião do Seu nascimento) e nardo (aquele perfume que Maria Madalena derramou sobre os pés de Jesus), tornaram-se conhecidas dos desbravadores. O responsável pelo museu itinerante, Erlo Köhler, colecionador desde 1972, explica que o objetivo da exposição é estimular no público o hábito de ler a bíblia diariamente.





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