VI CAMPORI
UNIÃO NORTE BRASILEIRA
“Cristo, Meu Tesouro”
Cantando o lema “Cristo meu tesouro”, entre os dias 22 e 26 de julho de 2003, 5 mil Desbravadores, pastores, líderes regionais e irmãos voluntários, fizeram o 6º Campori de Desbravadores da União Norte Brasileira (UNB). O palco do evento foi a Expoama, parque de exposições de Marabá, cidade situada às margens da rodovia Transamazônica, e dos Rios Tocantins e Itacaiúnas.
Liderados pelo Pastor Otimar Gonçalves, líder de Jovens da UNB, por seus associados nos Campos da União, Pastores Alijofran Brandão, Gilberto Oliveira, Fausto Farias, Ivay Araújo, Aquino Bastos e dezenas de regionais e diretores de clubes, os desbravadores percorreram milhares de quilômetros em canoas, avião, barcos, ônibus, trem e bicicleta. Os meninos e meninas desbravadores de Uruará, PA, atravessaram mil quilômetros de selva em estrada de chão. Quem veio de Manaus precisou desembolsar cerca de 270 reais, viajar nove dias de barco e dois de ônibus.
Eliane Corrêa Costa, de 16 anos, do Clube de Desbravadores Herdeiros do Rei, de Amapá, Maranhão, fez o seguinte relato: “Saímos de Amapá às 3h30 da madrugada do dia 21 e chegamos a Gurupi, PA, às 19h. Em Gurupi, a Polícia Rodoviária fez nosso ônibus voltar pela mesma estrada por onde viemos, devido à documentação irregular do veículo. Na cidade mais próxima, Santa Inês, com o ônibus quebrado, ficamos até o dia seguinte, às 18h, quando então continuamos a viagem com outra empresa. Perdemos a abertura do campori e o primeiro dia, mas chegamos.” Os desbravadores contaram com o apoio financeiro da UNB, governadores de Estados, deputados, prefeitos, vereadores e empresas como a Vale do Rio Doce, sediada na região de Marabá, que doou 1.200 passagens de trem aos que viajaram do Maranhão.
“Igreja dos Desbravadores”
A do campori aconteceu no dia 22, às 17h, com direito a fogos de artifício, fanfarras, presença de autoridades municipais e estaduais, desfiles em carro aberto e chegada de 11 desbravadores que saíram de Belém e pedalaram 30 horas para chegar a Marabá. A primeira mensagem foi transmitida pelo Pastor Ezequias Guimarães, anfitrião do evento e presidente da Missão Sul do Pará (MSPA). No dia 23, uma passeata levou os cinco mil desbravadores e dezenas de fanfarras a Nova Marabá, Marabá Antiga e Cidade Nova, os três pontos principais do lugar. Palavras de ordem contra drogas, violência, álcool e fumo, e a favor da paz e da vida saudável, deixaram a marca da mensagem adventista entre os habitantes da cidade. Segundo o Pastor Aquino Bastos, líder de Jovens da MSPA, a impressão sobre os habitantes foi tão marcante que, passado o campori, as pessoas perguntam: “Você é da igreja dos Desbravadores?”
Em meio às atividades gerais do campori, os desbravadores doaram cerca de três toneladas de alimentos à comunidade carente de Marabá e 150 bolsas de sangue foram entregues ao hospital local, que manteve por dois dias uma grande unidade de coleta na área do acampamento.
As mensagens espirituais diárias estiveram a cargo dos pastores Erton Köhler, líder de Jovens da DSA, e Francisco Lemos, redator da Casa Publicadora Brasileira. O Art Trio, de Feira de Santana, BA, fez a música. Durante o campori, 353 desbravadores foram batizados, muitos deles levados por outros desbravadores. A mensagem do sábado esteve a cargo do Pastor Izéas Cardoso, presidente da UNB, que esteve presente ao evento juntamente com os Pastores Clodoaldo Barbosa e Volnei Porto, respectivamente secretário e tesoureiro da UNB. A participação e atuação de vários administradores (entre eles os Pastores Moisés Batista, da Missão Maranhense, e Ezequias Guimarães), juntamente com todos os departamentais da MSPA, deixou a impressão saudável de união e força entre os desbravadores e obreiros do Norte.
No dia 26, o último dia do acampamento, os desbravadores reunidos na arena principal leram toda a Bíblia em 9 minutos e 40 segundos. Em seguida, houve queima de fogos, participação da banda do exército, desfile de bandeiras, entrega de trunfos e o programa da MSPA, que envolveu a moçada por horas. Para o Pastor Otimar Gonçalves, os pontos altos do campori foram a presença de nove clubes do Amazonas e representantes de Roraima, além do batismo de 353 juvenis e a decisão de dezenas de outros jovens. Disse ainda o Pastor Otimar que o espírito de serviço, fraternidade e amizade entre os clubes marcou o evento. Já o Pastor Erton Köhler disse: “A emoção de estar aqui é grande. Estou feliz por descobrir a boa qualidade do trabalho realizado pela igreja do Norte do Brasil. É um trabalho que não aparece devido à distância geográfica e o isolamento natural que existe. Os desbravadores são muito disciplinados, muito organizados. Além disso, os clubes de desbravadores aqui têm uma visão muito clara do cumprimento da missão da Igreja. Este Campori deixou isso evidente para mim.”
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