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terça-feira, 19 de março de 2024

Momentos Inesquecíveis - 2009 a 2010

 

Momentos Inesquecíveis

2009 a 2010

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2009

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Câmara Homenageia os Desbravadores em Manaus

 

No dia 23 de abril, a Câmara Municipal de Manaus realizou sessão especial em comemoração ao Dia Mundial dos Desbravadores. Além dos pastores e líderes regionais, cerca de 200 juvenis participaram da homenagem, representando cem clubes da Associação Central Amazonas (Aceam), e Associação Amazonas-Roraima (AAmaR). Segundo o vereador adventista Jaildo Oliveira, responsável pela sessão, a cerimônia serviu também como vitrine do trabalho social dos desbravadores. "O meu sonho era mostrar esse trabalho de resgate e inclusão de jovens, adolescentes e juvenis, retirando muitos das ruas, apresentando a Palavra de Deus e formando cidadãos", afirmou. A Secretaria Municipal de Assistência Social já convidou os desbravadores para uma parceria em campanhas de prevenção à violência contra adolescentes e crianças. No Amazonas, os Desbravadores comemoram 46 anos, e representam 280 clubes e 7.600 juvenis.

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Festa de 50 anos

Desfile em São Paulo

Cinquentenário dos Desbravadores na UCB



Desfile e festa – Os juvenis do Estado de São Paulo não mediram esforços para comemorar o Dia Mundial dos Desbravadores e o cinquentenário da agremiação no Brasil. Foram diversas atividades que os clubes e sedes administrativas da Igreja Adventista promoveram para a data especial. Na cidade de São Paulo, as festividades reuniram 7 mil juvenis e, no interior do Estado, um culto de gratidão resgatou a história do primeiro Clube brasileiro. O desfile do Dia Mundial dos Desbravadores tomou conta de um dos pontos turísticos da cidade de São Paulo, o Parque Ibirapuera. A Igreja reuniu 7 mil desbravadores para comemorar a data que já entrou para o calendário municipal. Os garotos, uniformizados, não mediram esforços para participar. Alguns foram até de cadeira de rodas para a comemoração. "A emoção rompe as barreiras e a limitação das pessoas. Elas se desdobram e isso faz a gente pensar em algo maior do que a nossa vida, que é a eternidade com Jesus. Por isso, eles agem dessa maneira", analisa o pastor Domingos José de Sousa, presidente da União Central Brasileira (UCB). Para ele, o desfile foi um grande testemunho para as autoridades e a população de São Paulo. "A UCB está de parabéns. Esse é o desfile mais organizado e imponente a que assisti nos últimos 14 anos. Estou certo de que Deus está sendo louvado pela cidadania, organização, disciplina, crescimento físico, mental e espiritual desses jovens", vibrou o pastor Otimar Gonçalves, líder de Desbravadores da Divisão Sul-Americana (DSA), que confessou ter ficado com vontade de desfilar com os juvenis. O organizador do evento e líder de Desbravadores da UCB, pastor Ronaldo Arco, recorda que também se emocionou quando passou na frente do parque e viu a concentração dos desbravadores. "Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Realmente a Igreja respondeu, e respondeu porque acredita no Clube de Desbravadores, nesse ministério que trabalha para a comunidade, cuida da família e se prepara para o reino de Deus", finalizou.

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Culto em Comemoração aos 50 anos do

Clube de Desbravadores Pioneiros

Ribeirão Preto - SP

 


Gratidão no interior - O Clube Pioneiros do Brasil, de Ribeirão Preto, São Paulo, considerado a primeira agremiação do gênero no Brasil, comemorou também seus 50 anos de forma especial. O evento foi realizado na igreja local com a presença de líderes de Desbravadores da UCB e dos Pioneiros do Clube.


O pastor Wilson Sarli, um dos responsáveis por trazer o programa para o Brasil em 1959, também esteve presente. Na época, ele procurou implantar em algumas igrejas das cidades de São Paulo e Ribeirão Preto o modelo de clube que havia conhecido na Argentina. "Sinto-me realizado em ver que Deus abençoou ricamente esse departamento da Igreja. Nunca imaginei que poderia ver uma comemoração como está. Logo que trouxe a ideia percebi que ia crescer, mas nunca imaginei que seria o tanto que podemos ver hoje", festeja.

Guiomar Cela, membro de uma das famílias pioneiras, lembra os momentos difíceis para a implantação do Clube, como a uniformização. Ela conta que teve que pedir ao dono de uma loja de tecidos, seu amigo, que parcelasse em várias vezes o valor da compra para facilitar para os juvenis. Foi a própria Guiomar que costurou as camisas dos meninos e os uniformes das quinze primeiras desbravadoras. "Mais tarde, eu também fiz as bandeira, bandeirins das unidades do Clube e preguei os distintivos. Tenho orgulho de participar do começo", se emociona.

A filha de Guiomar, Miriam Cela, era a criança mais nova do Clube na época e foi a primeira desbravadora a ser batizada no Brasil, em 31 de dezembro de 1961, pelo pastor Sarli, "O Clube para mim foi um marco muito importante. Tudo o que que aprendemos naquela época foi preservado. A influência do Clube foi muito importante para que aqueles que participaram permanecessem na igreja", avalia Miriam. Hoje, o Clube de Desbravadores está presente em mais de 160 países, totalizando 90 mil agremiações e mais de 2 milhões de participantes. Só em São Paulo são cerca de 22 mil desbravadores. Esses juvenis são conhecidos na sociedade pelo seu grande envolvimento em atividades sociais, ambientais e cívicas.

 

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Líderes JA planejam reavivamento do Culto Jovem

18 a 20 de Maio de 2009



Entre os dias 18 e 20 de Maio os líderes de jovens das doze Uniões da Igreja Adventista na América do Sul se reuniram em Guarulhos, SP, para fortalecer e integrar as estratégias de trabalho. Entre os desafios discutidos para 2010, está o de reavivar o culto jovem. A primeira medida tomada foi a preparação de um manual para o líder local. "Muitas vezes o membro é eleito e precisa de um direcionamento para saber o que fazer. No manual ele vai ter a história da Igreja, filosofia, modelos, estilos de liderança e a orientação para fazer um planejamento trimestral", descreveu o líder sul-americano, pastor Otimar Gonçalves. O guia vai oferecer material prático, com 104 modelos de culto que abordem temas como estilo de vida, internet, sexualidade, relacionamentos e hábitos devocionais. Tudo isso será integrado a uma rede de relacionamentos virtual, que fornecerá ideias e motivação, principalmente, para os líderes de pequenos grupos de jovens. Para o pastor Baraka Muganda, líder mundial de jovens, a salvação da juventude não tem preço, por isso a Igreja não pode economizar para alcançá-la. Ele destacou também que é fundamental que os jovens sejam envolvidos na congregação: "Não deixe que os jovens fiquem sentados no sofá, convide-os para ajudar na cozinha. Porque se ajudarem na cozinha, ficarão para o jantar." Seguindo a linha da Igreja com o tema da esperança, foi escolhido o slogan dos jovens para o próximo ano: "Geração Esperança". Além disso, o site oficial do ministério está novamente disponível no endereço www.ja.org.br.

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Campori Integrado

Associação Brasil Central

Associação Planalto Central

“Coragem pra Permanecer”

CATRE – Brasília - DF

11 a 14 de Junho de 2009


 

Uma verdadeira cidade. Quatro mil moradores, 150 banheiros, cem cozinhas, área de camping de 232 mil m2 (equivalente a 63 campos de futebol) e o consumo de um milhão de litros de água, são alguns índices do Campori integrado das Associações Brasil Central e Planalto Central. Realizado nos dias 11 a 14 de junho, com o tema "Coragem pra permanecer", o evento reuniu 96 clubes de Goiás e Distrito Federal, em um acampamento que focou as reflexões espirituais na vida da rainha Ester. 

Na abertura, a encenação sobre a vida da personagem bíblica destacou a importância de permanecer fiel aos princípios. Os diretores de clubes, os líderes das duas Associações e o pastor Nelson Milanelli, da União Centro-Oeste Brasileira, participaram vestidos como reis. O batismo, realizado no Centro Adventista de Treinamento e Recreação, emocionou a todos. Daniel Ribeiro, que assistia tudo da margem do lago, decidiu naquele momento também seguir a Cristo. "Me sinto outro, renovado", disse, logo após ser batizado. 



Na noite de sábado, o cinquentenário dos Desbravadores no Brasil não foi esquecido: uma festa lembrou a todos sobre a importância e o desenvolvimento da agremiação no País. O Campori registrou também um recorde: o maior número de participantes de uma etapa do concurso sul-americano "Bom de Bíblia". A grama, a cadeira ou as costas do amigo - qualquer apoio serviu para completar as questões da competição que mexeu com a garotada. Keylise Ebinger e Ailson Santos foram os vencedores da fase de clubes, conseguindo mais de 90% de acertos. Cada um levou uma bicicleta de presente. Em duas oportunidades, a imprensa local acompanhou, ao vivo, as atividades dos juvenis, destacando a beleza do acampamento, a disciplina e a habilidade dos desbravadores com nós e amarras, primeiros socorros e ordem unida.  



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2º Pastori da União Nordeste

02 a 06 de Julho de 2009

 

Concílio off Road - Já no Nordeste, não teve roupa social, mas muita mão na massa, ou melhor, na lama. Quarenta pastores vestiram jeans para vencer uma pista de obstáculos, escalar um paredão de quinze metros e caminhar oito quilômetros em meio à natureza. Tudo isso no 2º Pastori da Missão Nordeste, realizado entre os dias 2 e 6 de junho, em João Pessoa, PB. A programação foi dividida em duas etapas. A primeira tratou de evangelismo público e foi dirigida por professores de Teologia e líderes da União Nordeste Brasileira (Uneb). A partir daí, o grupo foi dividido em equipes e participou de provas ao ar livre. O carrossel de atividades procurou cumprir alguns requisitos práticos de liderança de jovens e desbravadores, tudo em meio a muito suor e descontração. "Encontros como este aproximam o grupo, aliviam o estresse, além de preparar o pastor para atender melhor a juventude", resumiu o pastor José Júnior, presidente da Missão. - Com reportagem de Jairo Souza.

 

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4º Campori da União Boliviana

“El Brillo de la Conquista”

Santiago Okola – Bolívia

08 a 11 de Julho de 2009

A 4 mil metros - No início de julho, alguns líderes de desbravadores da ASuR se juntaram a outros brasileiros de várias partes do País, para representar o Brasil no 4º Campori da União Boliviana. Um grupo de desbravadores maranhenses viajou quase 5 mi quilômetros para participar do evento, realizado a 3.940 metros do nível do mar, no povoado de Santiago de Okola. Além dos convidados internacionais, cerca de 4 mi desbravadores locais se envolveram no encontro. O Campori foi marcado pelo frio de dez graus negativos, pela paisagem exuberante do lago Titicaca e pelo batismo de 304 juvenis. O evento, organizado pelo pastor brasileiro Ivay Araújo, líder da garotada boliviana, ainda contou com a presença dos pastores Jonatan Tejel e Otimar Gonçalves, respectivamente.



O pastor Ivanilson Araújo, líder de jovens da ASuR, que junto com o seu grupo, aproveitou a viagem para chegar ao topo de uma montanha andina de 6.088 metros e visitar a Universidade Adventista da Bolívia, resumiu a experiência como inesquecível. Aprendemos sobre "humildade, espírito de equipe, tolerância cultural, criacionismo, grandeza e providência divinas. Sentimentos e conhecimentos que vão acompanhar cada líder de Desbravadores".

 

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VIII Campori da Associação Paulista Oeste

“Brilha em Mim”

Parque de Exposição de Ribeirão Preto - SP

08 a 12 de Julho de 2009

 

No ano do cinquentenário dos Desbravadores, a cidade que viu nascer o primeiro clube do Brasil recebeu pela primeira vez um campori de grande porte. O Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto, interior paulista, foi invadido por 2 mil juvenis da Associação Paulista Oeste (APO), nos dias 8 a 12 de julho. Como o lugar é histórico, o evento teve a participação de pioneiros e antigos líderes, além de ganhar bom destaque na mídia estadual. Josué Dantas, que já liderou os desbravadores da APO e da União Central Brasileira (UCB), ao ver a festa dos clubes, não conseguiu segurar a emoção. "Há pouco mais de dez anos nós fizemos um campori na Associação com apenas quinhentos desbravadores. Hoje, graças ao trabalho dos pastores e líderes, e pela misericórdia de Deus, são mais de 2 mil", lembra. As mensagens de cada noite foram apresentadas pelo líder do Estado, pastor Ronaldo Arco.


Cinquenta anos - Na manhã de sábado, uma grande surpresa. O pastor americano Jason McCracken, que trabalhou no Brasil na década de 1980, organizando os primeiros camporis do país, apareceu no meio da arena central. Depois do apelo de sua mensagem, centenas de desbravadores, emocionados, foram à frente, pedindo o batismo. Durante o programa, nove juvenis foram batizados. "Os projetos missionários, as classes progressivas, a música, os acampamentos e o serviço à comunidade tornam o desbravador uma pessoa de valor para a comunidade cristã e para o País", afirmou o pioneiro. Para celebrar o cinquentenário, alguns convidados especiais compareceram: o pastor Wilson Sarli, que trouxe a iniciativa para o País; o pastor José Maria Barbosa – Ex Líder Sul Americano; Enis Miam, Dr. Vanier dos Santos e Joaquim Calheia, que fizeram parte da primeira Diretoria. Além de Auristela Martins e Miriam Cella Gulfier, as primeiras Desbravadoras batizadas no Brasil.

Para acomodar os 69 clubes, de 41 cidades, a APO precisou montar uma prefeitura temporária para o parque, com direito a prefeito e secretários. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou um selo personalizado e os desbravadores distribuíram mil livros Sinais de Esperança para funcionários e passageiros do aeroporto local. O Campori foi notícia em alguns dos principais veículos da imprensa paulista. Entre as emissoras de TV, as filiadas da Rede Globo, SBT e Bandeirantes. Na mídia impressa, o maior jornal do país, d. Folha de São Paulo e os noticiários regionais Gazeta de Ribeirão, A Cidade e Tribuna. Na internet, o portal EPTV.com, ligado à Rede Globo, destacou o encontro.

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Paixão Mundial

Brasileiros marcam presença no Campori Internacional de 35 mil desbravadores e cem nacionalidades

 


Nos dias 11 a 15 de agosto, 35 mil desbravadores de cem países mostraram a força da agremiação que já beira os sessenta anos de organização. Eles participaram da sexta edição do Campori Internacional, sob o tema "Courage to Stand" ("Coragem para Resistir", tradução livre). O evento, organizado pela Divisão Norte-Americana, é realizado a cada cinco anos em Oshkosh, Wisconsin, EUA, no parque de aviação que sedia a maior exposição de aviões do mundo: a Air Show. Nessa vez, as delegações do Brasil, Chile e Argentina colaboraram para que o número de participantes internacionais fosse recorde: três mil. Nunca a festa apresentou tanto colorido e diversidade cultural. A Divisão Sul-Americana, que também superou seu número de inscritos, 184, contou com a participação de quatro clubes brasileiros: Cruzeiro do Sul, de Brasília, Albatroz e Universo, de Minas Gerais, e El Shadday, de Goiás. Participaram ainda delegações do Instituto Adventista de Ensino do Nordeste, de outros países sul americanos, além de líderes de jovens do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. "Nosso clube se preparou desde 2005 para estar aqui. Foi a realização de um grande sonho para cada desbravador e líder", enfatiza o pastor da Igreja Central de Brasília, Sandro Braun. Para o diretor do Clube Cruzeiro do Sul, Marcos Agostinho, o esforço de juntar 2.600 dólares para estar em Oshkosh foi recompensado. "Um desbravador chegou para mim e disse que não queria que o campori acabasse. Sei que este encontro marcou a vida de cada um", comemora. Os acampantes desenvolveram atividades físicas, culturais e educativas, cumprindo especialidades ou se divertindo na troca de bótons. Na programação noturna, um lindo musical apresentou a trajetória de coragem da rainha Ester. 



O ponto alto do evento foi no sábado, com a realização de uma grande investidura com a presença do líder mundial de jovens, pastor Baraka Muganda, e do líder mundial dos desbravadores, pastor Jonatan Tejel. A mensagem bíblica, apresentada pelo líder dos desbravadores norte-americanos, pastor fames Black, convocou os participantes a serem missionários em todo tempo e lugar. Durante a tarde, 533 pessoas foram batizadas. Para o líder de jovens sul americano, pastor Otimar Gonçalves, a programação atingiu seu objetivo: "Apreciei muito a programação espiritual. As orações feitas em vários idiomas pelos desbravadores, as mensagens espirituais e, principalmente, o grande batismo. Esse é objetivo do ministério dos desbravadores: salvar do pecado e guiar no serviço". As inscrições para o próximo encontro, marcado para agosto de 2014, estarão abertas em novembro, através do site www.camporee.org.

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2º Campori da Missão Sul Maranhense

Imperatriz – MA

03 a 07 de Setembro de 2009

 

No feriado prolongado de setembro, 2.200 desbravadores participaram do 2º Campori da Missão Sul-Maranhense (MSMA), na cidade de Imperatriz, MA. Durante o evento, eles impactaram o município através de arrecadação de alimentos, doação de sangue e passeata contra o álcool e drogas. A Santa Ceia realizada no pôr do sol de sexta-feira e a investidura de 32 líderes na noite de sábado, emocionaram quem participou. No feriado de 7 de setembro, um desfile cívico pela cidade encantou os moradores. Líderes da Igreja, em nível de Associação e União, marcaram presença, além de várias autoridades civis e representantes da Marinha, Exército, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Para o pastor Renato Seixas, líder de jovens da MSMA e organizador do evento, o objetivo do campori - motivar a garotada a voltar para casa com vontade de servir a Deus - foi alcançado

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15º Campori da Associação Paulista Central

“O Sonho Maior”

Avaré - SP

09 a 12 de Outubro de 2009

 

Mais de dois mil desbravadores estiveram acampados na estância da cidade de Avaré, para participar do 15° Campori da Associação Paulista Central (APaC). As atividades aconteceram nos dias 9 a 12 de outubro, com a participação de 71 clubes de desbravadores. "O Sonho Maior" foi o tema deste mega acampamento, que relembrou, por meio de um musical e mensagens espirituais, a história do personagem bíblico José. Esse foi o último campori da "grande" APaC, que no início de 2010 terá parte de seu território sob a administração da nova sede da Igreja em Sorocaba. Os desbravadores deixaram uma mensagem de solidariedade, ordem, disciplina e patriotismo. Além de desfilarem, os clubes visitaram cerca de 10 mil famílias da cidade e arrecadaram 1,5 tonelada de alimentos para o Fundo de Solidariedade local. As doações devem beneficiar mais de seis mil pessoas cadastradas. O prefeito de Avaré, Rogélio Barchetti, prestigiou a abertura do campori e ressaltou a diferença que os desbravadores fazem por onde passam. "Hoje, Avaré amanheceu cheia de bênçãos, porque Deus mandou para nossa estância mais de dois mil anjos, para através de seu exemplo e ações melhorarem nossa cidade." Para o coordenador dos desbravadores na região central de São Paulo, pastor Alceu Filho, o campori, além de ser um momento de confraternização e coroação das atividades realizadas durante o ano para um clube, tem um objetivo bem claro: salvar do pecado e guiar no serviço.

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8º Campori da Associação Mineira Sul

“Na Terra do Rei”

Três Corações – MG

09 a 12 de Outubro de 2009

 

De 09 a 12 de Outubro de 2009, mil juvenis de Minas Gerais invadiram a cidade de Três Corações – MG, para participar do 8º Campori da Associação Mineira Sul. O encontro teve o sugestivo tema "Na Terra do Rei" em alusão à cidade natal do jogador Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé.

A garotada realizou projetos sociais, educativos e de saúde, além do tradicional desfile cívico. Já no primeiro dia, os jovens colocaram em prática suas habilidades adquiridas durante o ano, com o plantio de árvores, limpeza de ruas e praças, e arrecadação de alimentos. A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais prestou assistência odontológica para um bairro carente do município. Em reconhecimento ao envolvimento dos desbravadores, a Câmara de Vereadores local incluiu em seu calendário o Dia do Desbravador, data a ser comemorada no quarto sábado de abril. O campori foi notícia nos jornais e rádios da região, além da emissora EPTV, afiliada da Rede Globo, que veiculou reportagens diárias sobre o acampamento. O líder dos desbravadores para a América do Sul, pastor Otimar Gonçalves, foi o orador do campori. Em suas mensagens, ele desafiou os juvenis a orar e estudar mais Bíblia. Como incentivo, os jovens deveriam escrever versos bíblicos para concorrer a uma bicicleta, além disso, receberam um bóton especial sobre a oração. No fim, emocionado, o pastor Paulo Machado, coordenador do evento, disse que as decisões tomadas pelos desbravadores são mais importantes que um troféu, trunfo ou medalha.

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III Bom de Bíblia

Divisão Sul Americana

30 e 31 de Outubro de 2009

 

Juventude, comunhão e missão. Qualidades encontradas nos participantes do 3ºo Concurso Bom de Bíblia realizado pelo ministério jovem adventista da América do Sul. O concurso mobilizou suas 12 Uniões, localizadas no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Equador, Chile, Bolívia e Peru. Oito países e um só objetivo: estudar a Palavra de Deus para conhecer o Deus da Palavra. O concurso teve seis meses de duração. Participaram juvenis e desbravadores em duas categorias: (A) de 10 a 12 anos e (B) de 13 a 15 anos. Foram seis etapas eliminatórias até a grande final, realizada nos dias 30 e 31 de outubro, em Jacareí, SP. Na sexta-feira, os juvenis fizeram prova escrita e, no sábado, prova oral com transmissão ao vivo pela TV Novo Tempo.

Galeria da Fé

Desbravadores entram para a história dos concursos bíblicos e reavivam o amor dos adventistas pela Bíblia



Qualidades encontradas nos participantes do 3o Concurso Bom de Bíblia realizado pelo ministério jovem adventista da América do Sul. O concurso mobilizou suas 12 Uniões, localizadas no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Equador, Chile, Bolívia e Peru. Oito países e um só objetivo: estudar a Palavra de Deus para conhecer o Deus da Palavra. O concurso teve seis meses de duração. Participaram juvenis e desbravadores em duas categorias: (A) de 10 a 12 anos e (B) de 13 a 15 anos. Foram seis etapas eliminatórias até a grande final, realizada nos dias 30 e 31 de outubro, em Jacareí, SP. Na sexta feira, os juvenis fizeram prova escrita e, no sábado, prova oral com transmissão ao vivo pela TV Novo Tempo. Os 24 finalistas começaram a chegar a São Paulo no dia 28, quarta-feira. A comitiva no Aeroporto Internacional de Guarulhos aumentava a cada desembarque. Lueverton Santos e Tiago Lião, ambos da União Nordeste Brasileira, respectivamente categorias A e B, se conheceram e não perderam tempo. Enquanto aguardavam o voo dos outros participantes, faziam perguntas sobre diversos textos bíblicos. Questionados se a vontade de estudar era para garantir o primeiro lugar, um dos garotos respondeu que seu entusiasmo era por encontrar mais juvenis como ele. "É bom demais saber que tem meninos e meninas, como eu, estudando a Palavra de Deus. Não quero disputar com ninguém, quero aprender cada vez mais e praticar os ensinos bíblicos. Todos que estão aqui, a meu ver, são vencedores", falou Lueverton. Finalistas vencedores como Jesus Eduardo Alvarez, da União Peruana do Norte, que é o único adventista de sua família, chegou à final, incentivado pelo clube de desbravadores de sua cidade: Gadel. Jesus veio acompanhado de sua mãe, Bertha, que conheceu mais sobre sua fé. No Brasil, Otávio Augusto Weinhasdt, da União Sul-Brasileira, viveu a mesma situação. O Clube Excelência da Criação o encorajou a participar. Resultado: outro finalista. Por meio do concurso, sua família conheceu mais sobre Deus e a Igreja Adventista.


Intercâmbio cultural - Na quinta-feira, 29, o grupo passeou pela capital paulista e seguiu para uma visita ao Museu da Bíblia, em Barueri, na grande São Paulo. Jéssica Ramos, da União Sul-Brasileira, realizou um desejo antigo. "Sempre quis conhecer esse museu, ficava encantada quando via na TV. Tudo que vimos aqui soma para nosso conhecimento sobre a Bíblia. Estou contente por ter conhecido esse lugar", disse entre sorrisos. As diferenças culturais também despertaram curiosidade. Por isso, foi uma questão de pouco tempo para que os juvenis trocassem experiências "É curioso que aqui os brasileiros comem abacate batido com leite e açúcar. Em nosso país comemos na salada ou no pão e sempre com sal", estranhou Camila Freire, da União Chilena. Já Stéfano Walker, da União Norte-Brasileira, aproveitou para aprender um pouco de espanhol. "Percebi muitas variações entre a língua espanhola, e aprendi que participar do Bueno de La Bíblia pode aumentar nosso conhecimento em todos os sentidos. Volto para casa sabendo muitas palavras em espanhol", comentou ensaiando o espanhol. O pastor Otimar Gonçalves, líder de jovens para a América do Sul, falou de sua satisfação ao reunir esse grupo e conhecer suas histórias. "Fiquei feliz porque vi um grupo de juvenis profundamente interessado na Palavra de Deus. Apesar das diferenças linguísticas e culturais, Jesus nos uniu, por meio de sua Palavra, num só propósito: comunhão e missão", disse entusiasmado. A grande final - Na sexta feira, já integrados, os finalistas passaram pelo primeiro desafio: a prova escrita. Das 50 questões, os participantes tiveram média de acerto de 95%. E um grupo errou apenas 2 questões. O elaborador das provas, pastor Jorge Mário de Oliveira, ficou surpreso com o nível de conhecimento dos juvenis. "Estou surpreso e feliz com o nível desses meninos e meninas. Foi um prazer participar do 3º Bom de Bíblia",

 

 

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2010

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IX Campori da União Sul Brasileira

“Esperança para Brilhar com Poder”

Santa Helena – PR

20 a 24 de Janeiro de 2010



 

Por causa da chuva que caiu na quarta-feira, 20 de janeiro, a chegada foi a primeira prova dos 12 mil acampantes. Eles enfrentaram lama por toda parte e alagamentos nas áreas mais baixas do acampamento em Santa Helena, cidade paranaense a 110 quilômetros de Foz do Iguaçu. Mas a água deu lugar ao sol escaldante, típico da região nessa época do ano, durante o campori, que se estendeu até o dia 24. A preparação começou há mais de dois anos e o evento estava previsto para setembro de 2009. Mesmo sendo adiado por conta da gripe suína, o acampamento bateu recordes na Região. Para a prefeita de Santa Helena, Rita Schmidt, "é uma honra receber, pela segunda vez, um acampamento adventista na nossa cidade. Além de nos trazer esperança, atrai a atenção da imprensa para os assuntos positivos sobre o município". E exposição não faltou na mídia local e estadual. Todas as emissoras de TV e rádio, bem como os jornais pautaram o evento, além de visitar o acampamento e entrevistar organizadores e participantes. Às provas típicas de um campori, como tirolesa, arvorismo, salvamento e outras provas físicas, foram adicionadas atividades culturais e ecológicas como a visita ao Museu da Bíblia (veja box) e instruções de como aquecer água em casa usando material reciclável. "Nós ensinamos recursos aqui que podem ser usados em outros lugares e esperamos que os desbravadores sejam, agora, os difusores desse conhecimento nas comunidades onde vivem", prevê Alexandre Almeida, cabo da Força Verde da Polícia Militar. Para quem nunca tinha participado de um campori, como Gabriela Santos, 11 anos, a impressão foi muito melhor que a expectativa. "Eu achava que ficávamos na lama o tempo todo, sujos, correndo, mas não é assim. É muito bom e deve ficar ainda melhor". Já quem é veterano e tem mais de 30 encontros desse no currículo, como Celso Formighieri, 72 anos, a comparação é inevitável: "No meu tempo, os camporis eram quase um teste de sobrevivência e ficávamos ainda mais integrados com a natureza. Hoje, os jovens têm mais recursos, inclusive tecnológicos, e nem conseguem ficar muito tempo longe da internet." São justamente essas diferenças que tornam a estada em barracas um pouco menos desconfortável. A novidade desse acampamento, transmitido ao vivo pela internet, foi a utilização, pelos juvenis, de uma Ian home para atualizar amigos e familiares sobre as atividades. O pastor Marlinton Lopes, líder dos adventistas da Região Sul, também comparou os camporis de hoje com os da sua geração. "Eu fui desbravador na época em que o militarismo imperava e as noções de hierarquia e disciplina eram mais rígidas. Porém, não importa a época, as lições de liderança que os jovens recebem desde cedo ajudam a formar cidadãos e líderes mais conscientes e úteis à sociedade, mas os líderes só conseguem exercer essa autoridade se o comportamento for coerente com as palavras", reforça. Durante dois dias os clubes se dividiram em dois grandes grupos para conhecer as Cataratas do Iguaçu, patrimônio mundial da humanidade. Nos cultos da noite, dirigidos pelo pastor Elmar Borges, líder dos desbravadores nordestinos, notou-se a organização e reverência do grupo. "Nesse campori conseguimos passar algumas noções fundamentais para a vida do desbravador. Uma delas é a reverência, quer nas cerimônias, nos cultos ou em qualquer lugar. Outra lição é o respeito ao líder e toda autoridade constituída, seja pastor, diretor de unidade ou um superior", explicou o pastor Areli Barbosa, líder dos desbravadores sulistas e organizador do campori. 

Governador Roberto Requião

Toda essa reverência e pompa foram vistas na visita do governador do Paraná, Roberto Requião, no sábado. Ele jantou com os líderes e falou aos adolescentes. Acompanhado do deputado estadual Artagão Júnior, que é adventista e foi desbravador por dez anos, o governador recebeu uma garrafa de suco de tomate da Superbom que, segundo ele, o transformou de um menino fraquinho em um jovem forte. "Um acampamento assim, sob a égide da Igreja Adventista, que prima pela ética e princípios da Bíblia só pode ter resultados positivos. Eu já me considero frequentador dos camporis, só falta vir acampar junto e como oficial da cavalaria nem seria tão difícil", elogiou Requião. E os princípios da Igreja puderam ser vistos nas músicas cantadas e no batismo de desbravadores realizados a cada culto, de manhã e à noite. O orador do culto matutino, pastor Otimar Gonçalves, líder dos desbravadores sul-americanos, afirmou que tudo foi feito com muita organização, "o que coroou os esforços dos juvenis que trabalharam por mais de um ano para conseguir chegar nessa celebração". Na tarde de sábado, foi realizado o Impacto Santa Helena, com a distribuição de milhares de livros Tempo de Esperança e sementes da planta crotalária, que combate o mosquito da dengue. Os adolescentes se juntaram e fizeram uma varredura no município e cidades vizinhas entregando a literatura. O culto da madrugada, sempre realizado às 5h30, foi adiantado para as 4h no último dia. Uma ilustração da volta de Jesus, num grande palco a céu aberto, emocionou os desbravadores. Depois, espiritualmente preparados, eles saíram para a cidade, em serenata, acordando os moradores com hinos sobre a volta de Jesus.

 



Museu da Bíblia

Um acervo com 1.576 Bíblias. Exemplares em diferentes formatos e idiomas. A mostra esteve aberta à visitação no campori. Na coleção, há Bíblias e porções das Escrituras em 303 idiomas, incluindo línguas indígenas e esquimós. Outra atração foi um exemplar de 1669. Para quem não se contentou em folhear os escritos sagrados, pôde viajar aos tempos bíblicos, através do cheiro de perfumes citados na Bíblia. Essências como mirra (um dos presentes que Jesus recebeu por ocasião do Seu nascimento) e nardo (aquele perfume que Maria Madalena derramou sobre os pés de Jesus), tornaram-se conhecidas dos desbravadores. O responsável pelo museu itinerante, Erlo Köhler, colecionador desde 1972, explica que o objetivo da exposição é estimular no público o hábito de ler a bíblia diariamente.

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III Campori de Desbravadores

União Nordeste Brasileira

“Nascidos para Brilhar”

Parnamirim – RN

11 a 16 de Fevereiro de 2010


Líder Mundial, Pastor Baraka Muganda em Parnamirim, RN

 

Desbravar o Nordeste

0 maior campori regional do mundo reuniu 14 mil adolescentes no RN para ensinar disciplina, amor pela Bíblia e compromisso com a Missão Global


Pastor Elmar Borges (à dir.), líder dos desbravadores nordestinos: Bíblia como guia de excelência para os adolescentes. No campori, cerca de 400 pessoas tiveram sua liderança reconhecida pela investidura


Era tarde de sábado do dia 13 de fevereiro e o estudante Neizon Higino Gomes da Silva, 20 anos, estava queimado pelo sol e quase sem voz, mas assim mesmo não perdia a energia contagiante denunciada por um sorriso largo e sincero. Desbravador desde os nove anos, com um histórico de participação em três camporis, ele caminhava com amigos entre as barracas divididas em lotes do 3º Campori de Desbravadores do Nordeste, e vivia cada momento como se fosse uma dádiva. "Estar aqui, com milhares de pessoas, sentindo a mesma experiência, é motivo de muita alegria para mim", disse o satisfeito conselheiro do Clube de Desbravadores Reino Marinho, de Aracaju, SE. O sentimento de Neizon parece representar a satisfação dos mais de 14 mil desbravadores que acamparam no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, RN, no feriado prolongado de Carnaval. O encontro foi o maior campori regional do mundo e os fatores de contentamento foram muitos: disciplina, controle, celebração, amizade, mensagens, gincanas, solidariedade, fé e muita festa. "Tudo é incrível, estou vivendo os melhores dias de minha vida", afirmou Andresa de Deus, 15 anos, de Salvador, BA. Na noite de abertura, na quinta-feira, ela esteve na arena montada para a realização dos cultos diários. Ouviu do pastor Elmar Borges, líder dos desbravadores nordestinos e coordenador do campori, o apelo para que os juvenis leiam mais a Bíblia. "Queremos que vocês saiam daqui ainda mais apaixonados por Jesus", empolgou-se o líder, sendo bastante aplaudido ao anunciar a doação de Bíblias personalizadas para todos os participantes. Um dos principais oradores foi o líder mundial, pastor Baraka Muganda. Durante três noites, ele falou sobre evangelismo e convidou os adolescentes a terem pressa em salvar os amigos e familiares. Cantores e grupos, como o quarteto Athus, o grupo de metais do Iaene, Laura Morena e Leonardo Gonçalves participaram com o louvor.

História e Missão - As provas de conhecimento pontuaram a rotina do campori. Mais uma vez, a Bíblia foi enaltecida, com testes como o concurso "Bom de Bíblia" e de oratória cristã, além de música sacra. A história da Igreja Adventista entrou em pauta com a campanha "Eu conheço minha história", patrocinada pelo Ministério da Criança. O desbravador Élvis Medeiros de Melo, 14 anos, de Natal RN, animou seu clube ao posar com o boneco Guigo, o mascote da campanha. O adolescente é o vencedor de um concurso sobre a história do adventismo, patrocinado pelo projeto. O chamado à missão teve um gosto especial com a realização diária de batismos, 14 candidatos só na segunda-feira, e com uma investidura de quase 400 líderes. Papel desempenhado com afinco por Gilênio Pereira da Silva, de 53 anos e um pioneiro dos desbravadores no sul da Bahia. Gilênio tomou a decisão de viajar ao campori de bicicleta, percorrendo 1.563 quilômetros. No trajeto que durou dez dias, perdeu quatro quilos, sentiu febre e sofreu com problemas estomacais, mas chegou ao acampamento empolgado pela oportunidade que teve de evangelizar em vários lugares. Na programação, o pastor Geovani Queiroz, presidente da Igreja no Nordeste, também esbanjou dedicação ao lançar a campanha "Terra de Esperança" e a desafiar os juvenis a poupar dez reais para ajudar na construção de igrejas em lugares em que o adventismo tem presença tímida. No dia 24 de abril, os que conseguirem atingir o alvo, receberão uma insígnia especial em alusão ao projeto e destinarão a oferta para as iniciativas de Missão Global. No fim do evento, o pastor Elmar Borges aproveitou a realização de uma encenação sobre a volta de Jesus, e conclamou todos os participantes a se consagrar a Deus. Sucesso - Ao analisar as mudanças de comportamento dessa faixa etária, torna-se fácil entender a razão do sucesso da agremiação no Brasil. Segundo estudiosos, essa é a receita da satisfação dos adolescentes com esse tipo de evento. "Ao adotar uma rotina rígida, os adolescentes, sem ter uma definição sobre a própria vida, sentem segurança; e ao propor gincanas, se atende ao desejo de competitividade comum a essa faixa etária", explica a psicóloga Eliane Lira. Cansados, mas jamais desanimados, os desbravadores encerraram o acampamento com a certeza de que experimentaram algo semelhante a um ritual de passagem. "Tenho certeza de que não sou mais a mesma pelo tanto que aprendi aqui", disse Stephanie de Sá, 15 anos, de Salvador, BA, não sem antes fazer o "v" de vitória com as amigas para a foto.

 

Gilênio e sua bicicleta: paixão pelos desbravadores e mais de 1,5 mil quilômetros de viagem até o RN

 



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Campori Cariocão (ARJ, ARF, ARJS)

Associação Rio de Janeiro

Associação Rio Fluminense

Associação Rio Sul

“Heróis que Brilham”

Cachoeira do Macacu – RJ

21 a 25 de Abril de 2010


No Dia Mundial dos Desbravadores,

campori no Rio reuniu adolescentes que

perderam tudo por causa das chuvas,

menos a fé e a solidariedade

 

Um short para dormir, uma bermuda, uma calça, uma blusa e um uniforme de atividade. Essas foram as roupas que Táise Miranda Andrade, de 16 anos, colocou em uma mochila no dia 21 de abril para acampar em Cachoeiras do Macacu, RJ. Táise, com mais outros seis amigos de seu clube, carregou para o campori que reuniu 3.430 desbravadores de todo o Estado do Rio de Janeiro, o Cariocão, o que ganhou depois de perder tudo por causa das fortes chuvas do início de abril em São Gonçalo, RJ. Como ela, os irmãos Elizabeth, 12, e Samuel Ferreira Dias, 10, também sobreviveram à enchente que chegou próximo a laje de suas casas. Depois de colocar o irmão, a mãe e seus animais em segurança no telhado da casa de uma vizinha, Elizabeth novamente enfrentou a correnteza e, com a água até o umbigo, voltou para sua casa para outra missão: "Eu tinha que buscar meu uniforme e meu lenço, que consegui salvar, graças a Deus", disse alegre, com o lenço amarelo que parecia reluzir em seu pescoço. "A chuva derrubou a gente, mas a gente se levantou e veio aqui. Esse é o nosso primeiro campori", diz Helen Andrade, 19, depois de contar o drama que viveu por 12 horas debaixo d'água no Os desbravadores do Clube Luminares, de São Gonçalo, RJ, foram homenageados na programação do sábado à noite do Cariocão. Em meio a enchente, que inundou suas casas e a igreja, eles mostraram bravura socorrendo as vítimas dia em que um rio subiu e inundou o bairro Catarina e Palmares, onde os sete moram. Na igreja que frequentam, havia restado apenas lama. E, com a enchente, todo o material do Clube Luminares se perdeu. "Dependemos de doações para estar aqui. Perdemos tudo. Tivemos dificuldades com passagens, alimentação e uniformes. Mas estamos aqui para provar que existe um Deus acima de tudo", diz Carlos Alberto Dias, diretor-associado da agremiação.



Bravura - "Desbravadores de um clube vizinho enviaram colchões infláveis para nós. Se não fosse a atitude deles, não sei se teríamos saído dali", Roberta Silva, 14, lembra como conseguiram sair do caos. "Assim que recebemos os colchões, liberamos primeiramente os idosos e as crianças. Depois fomos nós", Elisabeth conta, esquecendo-se de sua idade. Ela e outros juvenis ajudaram a resgatar uma senhora que estava sendo levada pela correnteza, enquanto o grupo tentava sair do local.

A bravura deles também devolveu a vida a uma moça, que tendo se afogado e sofrendo uma parada respiratória, foi empurrada num colchão inflável até certa altura do bairro, onde os bombeiros conseguiram resgatá-la. "Enquanto eu tentava buscar um abrigo, uma mãe apareceu com a filha, que tem síndrome de down. A mulher pediu que eu pegasse sua filha e a tirasse dali, porque ela tinha que voltar para casa para buscar outro filho. Peguei a menina, que tinha cerca de nove anos e era bem pesada. Ela agarrou meu pescoço e, então, com água pela cintura, naquela correnteza que arrastava tudo, inclusive cobras e jacarés, comecei a andar com ela. E conseguimos nos salvar", lembra Láise, a jovem heroína. "Perdemos tudo, mas estamos aqui felizes", diz Acsa Figueiredo, 12, com um meio sorriso nos lábios. "Viemos nos distrair, esquecer o que vimos e vivemos. E vamos seguir em frente", ela conclui. "Estamos felizes porque estamos ao lado de Cristo", Roberta acrescenta. "Louvamos a Deus porque estamos vivos. Tudo o que perdemos, o dinheiro pode comprar. Só não perdemos a vida e a fé", Selma dos Santos completa. E foi assim que os sete desbravadores concluíram seus relatos sobre as dificuldades que tiveram antes de chegar ao campori. Experiência que os levou a serem homenageados depois de exibição de um vídeo sobre a história dos adolescentes. A multidão aplaudiu de pé a coragem e a determinação que moveu cada um deles a superar seus limites. Durante cinco dias, os juvenis participaram de inúmeras gincanas, distribuíram folhetos educativos para moradores do entorno do acampamento e plantaram mudas de árvores na margem do Rio Macacu, que abastece cidades da região. O campori também foi lugar para que centenas de juvenis se decidissem pelo batismo, como Carina de Souza Cruz, 12, que foi batizada na sexta-feira, e mais outros 38 desbravadores que participaram da cerimônia na noite seguinte. "Eu aceitei Jesus, e Ele vai ser a melhor escolha da minha vida", Carina suspirou ao sair do tanque batismal. No Cariocão 2010, todos aprenderam, pelo exemplo, o que significa o lema do evento: "Heróis que Brilham."


Heróis de todas as idades: Cipriano França, fundador do Clube Maranata, de Nova Iguaçu, RJ, é desbravador há mais de 45 anos. Foi um dos homenageados

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VII Campori da União Norte Brasileira

“Fé em Fogo”

Parque de Exposições Amílcar Tocantins

Paragominas – PA

22 a 25 de Setembro de 2010

 




Campori da UNB reúne 8 mil pessoas no sertão do Pará a fim de ensinar solidariedade, respeito pela natureza e perseverança.

 


A fidelidade dos jovens hebreus na corte babilônica foi o tema das mensagens do pastor Areli Barbosa (ao lado). Segundo o pastor Aquino Bastos (acima), organizador do evento, acampamentos deste gênero marcam a garotada

 

A manhã do quarto dia de viagem despontou sobre o rio. De dentro do navio, os olhares fixos no horizonte precedem a realização de um sonho. "Trabalhamos quase um ano para realizar essa viagem", relembra Vanderson Vasconcelos, instrutor do Clube de Desbravadores Falcões da Liberdade, de Óbidos do Pará, PA. "Nem consigo lembrar quantos quadros de nós, quadros de sementes e peças de artesanato tivemos que vender", completa Alex Mendes, também instrutor do clube. Enquanto viajavam, os 23 desbravadores não imaginavam que, ao atracar em Belém, surgiriam problemas para a conclusão do trajeto. Outros dois dias confinados nas instalações do navio trouxeram ansiedade e frustração. Porém, os jovens não desistiram. Eles seguiram viagem de ônibus, por seis horas, até Paragominas. O esforço valeu a pena. Lá, encontraram outros 190 clubes de desbravadores dos Estados do Amapá, Maranhão e Pará. As agremiações, também formadas por jovens persistentes e sonhadores, chegaram ao Parque de Exposições Amílcar Tocantins, no sertão paraense, para participar do 7º Campori de Desbravadores da União Norte-Brasileira (UNB), de 22 a 25 de setembro. Exemplo de persistência também foi dado por um grupo de ciclistas do Clube Gustavo Storch, de Belém, que pedalou os 320 quilômetros que separam Paragominas da Capital. E para fazer jus ao tema do encontro, "Fé em Fogo", a programação do campori foi aberta com fogos de artifício, com a entrada de tochas, homenagem às autoridades civis presentes e a vibração incansável dos mais de oito mil participantes. O encontro contou com as mensagens do pastor Areli Barbosa, líder dos desbravadores sul-americanos, e do quarteto.

Ação - Os quatro dias de programação foram cheios de ação para a garotada. Os esportes radicais como rapei e escalada, a descontração das brincadeiras numa cama elástica e o passeio de pedalinho no parque ambiental da cidade fizeram parte da agenda recreativa. Mas o campori não trabalhou apenas com o corpo dos juvenis. As oficinas sobre história do adventismo, customização de camisetas, desenho, Língua Brasileira de Sinais (Libras) e biscuit estimularam a socialização e criatividade dos clubes. E os concursos de ordem unida, fanfarra, canto, oratória, conhecimentos bíblicos e específicos sobre a agremiação despertaram o empenho dos desbravadores em conseguir títulos para seus clubes. A desbravadora Sâmia Sousa, do Clube Luzeiros do Oriente, de Imperatriz, MA, venceu o concurso Bom de Classe na categoria Pesquisador. "Estou feliz", diz Sâmia, "esse prêmio é o resultado do trabalho que acontece bem antes de chegarmos ao campori."

Mãos para ajudar - Outro trabalho que precedeu o evento foi a arrecadação de 2,3 toneladas de alimentos. A entrega dessas doações foi feita à assistente social de Paragominas, Dyjane Amaral, durante a programação. "É emocionante ver tantos jovens juntos trabalhando em prol da sociedade", elogiou. Luan de Lucas, do Clube Pioneiros, de São Luís, MA, justificou sua participação: "Se eu precisasse de alimentos, se estivesse passando por alguma necessidade, eu gostaria que alguém me ajudasse. Por isso, acho importante participar da arrecadação de alimentos e doar pra quem precisa." Surpresa com o porte do evento, Dyjane Amaral não poupou outros elogios: "O melhor no Clube de Desbravadores é ver que ainda existem pessoas preocupadas em desenvolver nas crianças e jovens o senso de cidadania, o convívio social e o respeito humano". Respeito pelo homem e pelo meio ambiente. Por isso, a garotada plantou cinco mil mudas na região do Polo Moveleiro. A iniciativa colaborou com o programa "Um Bilhão de Árvores Para a Amazônia", do governo do Estado do Pará. O secretário estadual do Meio Ambiente, Aníbal Picanço, participou do plantio e elogiou: "Os desbravadores estão contribuindo para uma cidade mais bonita e agradável. Se todos tivessem esse espírito, teríamos um mundo melhor.

Antes de partir – Para os Desbravadores construir um mundo melhor depende, sobretudo, da mudança do coração do homem. Por isso, no sábado, 25 de setembro, os juvenis distribuíram milhares de convites para uma série de pregações bíblicas. O tom espiritual do evento também foi dado pelas cerimônias de batismo realizadas a cada noite e pela investidura de líderes. Na cerimônia de encerramento, o pastor Aquino Bastos, organizador do evento e líder dos desbravadores da Região Norte, disse que o campori foi a realização de um sonho: "Este momento entra na história da vida desses meninos e meninas que sobreviveram a todas as dificuldades para chegar aqui." Desafios que os clubes superaram com muito esforço e criatividade. O Clube Falcões da Liberdade, mencionado no início da reportagem, ofereceu palestras e serviços comunitários, o que atraiu a atenção de empresários. As doações foram utilizadas para a compra de equipamentos, madeira e para o custeio da viagem. Por sua vez, o Clube Herdeiros do Advento, de Montes Altos, MA, vendeu roupas usadas numa feira livre na cidade vizinha. O Clube Pioneiros do Norte, de Curuçá, PA, realizou gincanas e torneios para arrecadar os alimentos que precisariam durante o evento e a diretoria do Clube Sentinelas do Equador foi aos semáforos de Macapá, AP, para vender sanduíches.

Na bagagem - A desbravadora Shara Picanço, de 14 anos, membro do clube Sentinelas do Equador, representou o esforço de milhares de adolescentes no quadro Repórter Mirim, do informe em vídeo do campori, exibido diariamente no acampamento. Orgulhosa, Shara fala que o campori, especialmente os momentos de gravação das reportagens, ficarão marcados em sua lembrança. "Sofremos muito para estar aqui. Por alguns momentos pensamos que não daria certo. Foi muito trabalho, muita despesa para cobrir. Vou chegar em casa e contar que representei uma multidão de adolescentes, desbravadores muito esforçados, como eu!" vibra Shara.

 


Os 23 desbravadores do Clube Falcões da Liberdade, de Óbidos do Pará, PA, viajaram dois dias de navio e seis horas de ônibus para chegar a Paragominas. E para levantar os recursos para a viagem, até quadro de nós foram vendidos

 


"Foi fácil", diz a desbravadora Sâmia Sousa, que exibe o troféu Bom de Classe na categoria Pesquisador. Na agenda do evento, atividades de desenvolvimento cognitivo e físico.

 


Agenda: oficinas de trabalhos manuais, plantio de árvores e distribuição de convites para uma série de evangelismo

 


Shara Picanço, de 14 anos, representou o esforço de milhares de adolescentes ao participar do quadro Repórter Mirim, exibido no telejornal do acampamento

 

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Paixão pelo Lenço



Histórias da contribuição profissional, social e espiritual do Clube de Desbravadores e de como o programa da agremiação tem alcançado várias gerações e classes sociais

O engenheiro químico Anderson Azevedo deve muito ao clube de desbravadores. Foi por meio da agremiação que ele entrou para a Igreja Adventista, descobriu uma profissão, conheceu sua esposa Sara e aprendeu noções de liderança e disciplina. Hoje, ele deseja transmitir esses mesmos valores para a filha, Jennifer, de 9 anos.

O engenheiro químico Anderson Azevedo deve tudo o que tem e é ao clube de desbravadores. Essa afirmação pode soar exagerada até que se entenda a forte identificação que ele e sua família têm com a agremiação. Tudo começou em 1987, na cidade de Arujá, região metropolitana de São Paulo. A convite de amigos, ele e seu irmão Emerson, contrariando a vontade dos pais, foram participar da primeira de muitas reuniões de desbravadores. Os garotos, na época com 14 e 15 anos, respectivamente, ficaram encantados com as atividades, como a ordem unida, e com o companheirismo encontrado nas reuniões, que costumavam ser encerradas com uma partida de futebol. Para Anderson e Emerson o clube foi a porta de entrada para a Igreja Adventista. Depois de acompanharem a programação de Semana Santa daquele ano, decidiram assistir à uma classe bíblica. Todos os domingos, andavam quatro quilômetros para estudar uma série sobre profecias da Bíblia. Apesar da oposição dos pais, poucos meses depois, foram batizados. Porém, Deus tinha mais bênçãos para Anderson. Seria o gosto do então adolescente pelas especialidades (bótons conferidos aos desbravadores para indicar a aquisição de uma habilidade ou conhecimento específico) que influenciaria sua escolha profissional e um ministério voluntário. Ao contrário da maioria dos desbravadores que escolhem estudar inicialmente sobre gatos, cães ou atividades recreativas, Anderson se interessou pela especialidade de Química, a primeira que ele conquistou das 128 que possui (existem 180 especialidade regulamentadas pelo manual do clube). A curiosidade virou profissão. Foram três anos de estudo no curso técnico e mais cinco anos de dedicação para obter o diploma de Engenharia Química. Aos 18 anos, quando terminava a primeira parte dos seus estudos, recebeu uma proposta para trabalhar numa empresa de cabos elétricos. No ambiente de trabalho, percebeu como o senso de liderança e disciplina aprendidos no clube foram importantes para seu desenvolvimento profissional. Em apenas cinco anos já chefiava a pessoa que o entrevistara quando recém formado. "Minha vocação, a primeira oportunidade de emprego e meu sucesso profissional devo ao clube", avalia. Na igreja, Anderson fez do clube dos desbravadores seu ministério voluntário. Já são 21 anos de liderança como regional, diretor local ou instrutor de especialidades, como tem atuado ultimamente na Igreja Central de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Hoje, aos 38 anos, é casado com Sara, quem conheceu em um campori. Sua filha Jennifer, de 9 anos, participa do clube de aventureiros e deve seguir os passos dos pais como desbravadora. Seu irmão Emerson, por influência do cumprimento da especialidade de Contabilidade, hoje é contabilista.

O engenheiro químico Anderson Azevedo deve muito ao clube de desbravadores. Foi por meio da agremiação que ele entrou para a Igreja Adventista, descobriu uma profissão, conheceu sua esposa Sara e aprendeu noções de liderança e disciplina. Hoje, ele deseja transmitir esses mesmos valores para a filha, Jennifer, de 9 anos.

Curiosidade Científica - Se o desenvolvimento mental é um dos pressupostos do clube e uma de suas maiores contribuições para os desbravadores, passear por um espaço dedicado à divulgação científica, tem tudo a ver com a proposta da agremiação. Por isso, cerca de 30 juvenis da região metropolitana do Recife participaram de um treinamento diferente nos dias 13 e 14 de março, no Espaço Ciência, um dos maiores museus a céu aberto da América Latina. Num cenário tomado por um belo espelho d'água, uma hidrelétrica gerando corrente, planetário, cavernas, laboratórios, um gigantesco vulcão, um simulador de terremoto, réplicas gigantes de dinossauros, giroscópio, avião e foguete, a garotada pôde vivenciar muitas teorias científicas. A ideia do encontro foi do estudante Agrinaldo Jacinto do Nascimento Júnior, 26 anos, doutorando em Química na Universidade Federal de Pernambuco. Apaixonado por ciência e estudioso do criacionismo, Júnior viu o espaço como uma oportunidade de orientar e motivar lideranças de desbravadores. O que parecia apenas um passeio cultural teve implicações espirituais. Afastado do clube de desbravadores e da igreja adventista que frequentava, o jovem Fábio de Oliveira foi surpreendido com a proposta do encontro. Decidiu ali mesmo voltar a participar do clube. Semanas depois, consolidou o retorno à igreja ao ser batizado novamente, em cerimônia do dia 4 de abril.



Ação Social - Por ter um programa de atividades sério e consolidado, a participação das crianças no clube de desbravadores é vista como uma prevenção ao ingresso de adolescentes na vida de vícios e crimes. E talvez a melhor maneira de estimular os jovens a fazer boas escolhas, seja envolvê-los no auxílio a quem foi vítima da violência ou das injustiças da vida. Em Natal, RN, os desbravadores iniciaram um clube na Casa de Passagem III, atendendo a crianças e adolescentes que se recuperam de maus-tratos. A iniciativa partiu da secretária municipal de Trabalho e Assistência Social, Rosy de Sousa. Os contatos com a sociedade e o poder público na capital potiguar deram notoriedade aos desbravadores. Eles participam ativamente de eventos como o Mutirão de Natal e são acionados em casos de emergência, como ocorreu com as chuvas do ano passado. Nesse abrigo emergencial, 18 meninos e meninas participam, todas as segundas-feiras, das reuniões do clube, nas quais recebem orientações sobre cidadania, amor ao próximo e a Deus, meio ambiente, habilidades manuais, entre tantos assuntos importantes. Com o clube, as crianças e adolescentes também aprendem ordem unidade, têm orientações sobre valores morais e espirituais, e participam de atividades variadas, tudo em prol da inclusão social desses menores. Os primeiros resultados já trouxeram esperança. "Fazer parte dos desbravadores trouxe mais alegria para o meu dia", disse Ana F. (nome fictício), uma empolgada garota de 11 anos trazida da rua para o espaço. Para as autoridades, esse é um exemplo de como os desbravadores são importantes para a cidade. "É importante a presença dos desbravadores no espaço, nos ajudando desde a inauguração para o desenvolvimento humano de cada acolhido. Somos gratos por esse trabalho com nossos jovens", declarou a secretária Rosy de Sousa. "A partir de agora eles saberão que tudo o que fizerem, na escola, na Casa, na rua, onde quer que estejam, deverá ser feito com excelência, da melhor maneira possível", explicou o pastor Erinaldo Costa, coordenador dos desbravadores do Estado. Em São Luís, MA, a agremiação deu outra prova de sua relevância social. Munidos com panfletos e muito conhecimento, cerca de 200 desbravadores participaram do projeto "Agente de saúde por um dia", em parceria com a Vigilância Sanitária. As casas do bairro Salina Sacavém foram visitadas pelos juvenis que orientaram os moradores sobre a prevenção contra a dengue. Para o coordenador regional dos desbravadores, Domingos Carlos, a participação dos juvenis em trabalhos sociais é importante no processo de formação do caráter e "o clube dos desbravadores existe para trabalhar em harmonia com a sociedade e contribuir no que for necessário", complementou. A iniciativa teve repercussão nas emissoras de TV da Rede Globo e SBT.



Para todas as classes - A organização de uma agremiação no Clube Hípico de Santo Amaro, na região sul da capital paulista, mostra que o programa pode ser uma ponte missionária para alcançar também classes sociais mais privilegiadas. Em 2009, numa conversa informal com outras mães de crianças que praticam o hipismo, a esposa do presidente do clube hípico declarou sentir falta de uma atividade social saudável para seus filhos. Uma das senhoras presentes, sendo adventista, propôs que as demais conhecessem o funcionamento de um clube de desbravadores. A ideia foi aceita e logo em seguida o administrador de empresas, Renato Vargas, e sua irmã, a psicóloga Adriana Vargas, ambos da igreja do Morumbi, apresentaram a filosofia do clube para as mães interessadas. Resultado, pelo segundo ano consecutivo, cerca de 30 crianças entre 8 e 14 anos têm aprendido a conviver melhor com a natureza e em equipe. Segundo Adriana, no início as crianças mostraram muita insegurança e falta de sociabilidade, talvez devido à desconfiança natural de quem pertence a classes sociais mais elevadas e por estarem muito familiarizadas com jogos eletrônicos. No entanto, depois de algum tempo, elas passaram a se relacionar com mais espontaneidade e a desenvolver as tarefas com maior habilidade. Para o pastor Juvenildo Silva Rego, diretor associado dos desbravadores da região sul de São Paulo, esta foi uma grande oportunidade para mostrar que a missão do desbravador vai além de ações de cidadania para a sociedade de baixa renda. "Não podemos esquecer as pessoas de classe média alta e classe alta. Suas crianças e seus adolescentes também têm carências que precisam ser supridas com nossos princípios e valores", ressalta.



Contribuição - Para Anderson, é fundamental que as crianças e adolescentes adventistas ingressem num clube. "Esse programa da igreja faz muita coisa pelo caráter da criança, promove um triplo desenvolvimento: físico, mental e espiritual. Por isso, fico triste quando as crianças não participam do clube, quando perdem a oportunidade de crescer num ambiente cristão", adverte. Para ele, já na adolescência, o desbravador pode confirmar sua inclinação profissional, ao invés de postergar essa decisão para o período da faculdade. No entanto, Anderson acredita que a maior contribuição do clube é resgatar numa geração high-tech e urbana, o contato com a natureza e seu Criador. "Quando esses meninos, muito preocupados com tecnologia e comunicação, perdem o contato com aquilo que Deus criou, deixam de certa maneira de ter intimidade com Ele", pondera.



Formação de Líderes - No início da década de 1990, no interior gaúcho, Ericson era um garoto de 10 anos tímido e com poucos amigos na igreja. Sua congregação não tinha um programa forte para a juventude, o que levava muitos jovens a abandonar a fé adventista. Diante desse quadro, sabiamente, o pastor distrital decidiu organizar um clube de desbravadores em sua igreja. Relutante no princípio, aceitou participar. Foi amor a primeira vista. Nunca mais deixou de dedicar os domingos aos desbravadores. A razão? Está na ponta da língua: "Nos anos seguintes eu experimentei as conquistas, conhecimentos e o fortalecimento da autoestima que o clube oferece para seus membros, Fiz muitas especialidades, conheci lugares que eu nunca teria ido se não fosse o clube, desenvolvi grandes amizades que me ajudaram a vencer minha timidez e a fazer de mim um líder. Foi nas semanas de oração promovidas pelo clube que aprendi a pregar, foi no clube que encontrei pessoas que me valorizavam e descobri muitas maneiras de ser útil." Não bastasse todo esse crescimento pessoal e espiritual, Ericson tem mais uma razão para se identificar com os desbravadores. Depois de tornar-se líder, quando a Missão Ocidental Sul-Rio-Grandense (MOSR), com sede em Ijuí, estava sendo organizada, Ericson participou de um concurso para a definição do brasão que identificaria os juvenis da região. Acostumado a desenhar os bandeirins das unidades (pequenos grupos de até oito desbravadores), seu desenho foi escolhido e hoje é costurado na manga dos uniformes dos desbravadores que lidera. O pastor Ericson Danese se considera presenteado por Deus, por ser hoje o diretor do departamento de Jovens e Desbravadores da MOSR. Ele avalia que sua permanência na igreja e escolha pelo ministério se deve ao exemplo de seus líderes de desbravadores e ao do pastor distrital. Ericson, que também conheceu sua esposa num acampamento da agremiação, diz que hoje pode devolver aos que orientaram suas escolhas um pouco do carinho e da dedicação que recebeu. E ao fazer isso, ele vai garantir que a próxima geração siga seu exemplo. No Brasil, existem 140.030 desbravadores divididos em 4.855 clubes.

  


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