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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Pastor Oleval Aniceto de Souza

 

Pastor Oleval Aniceto de Souza 

(1936–2015)



 

Oleval Aniceto nasceu em 18 de maio de 1936, no bairro de Rio dos Sinos, na cidade de Santo Antônio da Patrulha, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Filho de José Aniceto de Souza e Regina Rosa de Jesus, tinha oito irmãos: Valdomiro, Oscar, Paulino, Edite, Zila, Osvaldo, Valter e Anilda.

Aos três anos de idade, sua família mudou-se para o Distrito de Campestre para trabalhar nas terras de um tio. Foi esse tio quem apresentou a mensagem adventista ao seu pai que, antes de sua conversão, era alcoólatra e fumante. Para entender mais sobre a Palavra de Deus, seu pai aprendeu a ler e tornou-se um estudante ávido da Bíblia. Adquiriu também o hábito de orar e dirigir o culto familiar diário, de manhã e à noite, exercendo assim grande influência no desenvolvimento de seus filhos. 

Oleval completou sua educação primária na Escola Adventista Camprestre, localizada ao lado do prédio da igreja local. Aos nove anos perdeu o pai, que morreu de tétano. A sua família passou por muitos sacrifícios para pagar a educação adventista dos seus filhos, por isso está perda foi especialmente dura para eles. Oleval estava habituado a trabalhar na agricultura desde muito jovem e entre as suas tarefas estava liderar um grupo de bois para arar a terra. Ao completar 15 anos foi batizado pelo Pastor Lourival Ferreira. 

Aos 18 anos foi convocado para servir o Exército e fez o curso de Cabo do Exército. Temendo que está profissão lhe causasse dificuldades para guardar o sábado, ele deixou o serviço militar e voltou para casa, onde retomou o trabalho no campo. 

Anos depois, em 1958, foi convidado para cantar barítono no quarteto Cruzeiro do Sul, formado por alunos da Academia Rio Grande do Sul (hoje IACS), em Taquara. Oleval pôde estudar naquele ano na escola e participar de diversas viagens com o quarteto para divulgar a Academia com os recursos que ganhava com a lavoura do arroz. 

Seus planos para os dias seguintes eram trabalhar numa fábrica durante o dia e estudar à noite. No entanto, Deus tinha outros planos para ele. Em outubro de 1958, foi contratado por um amigo para trabalhar como office-boy e auxiliar na Associação Rio Grande do Sul. Suas funções incluíam embalar e despachar os livros para os colportores, enviar correspondências pelos correios e todas as tarefas que deveriam ser feitas na rua. Após três anos, foi promovido a trabalhador regular. 

Em 9 de fevereiro de 1961, casou-se com Ercy Kern Wolff, que conheceu na Academia Rio Grande do Sul. Da união nasceram três filhas: Janice, Josiane e Josselize. 

No final de 1963, Oleval decidiu deixar a Associação Rio Grande do Sul e firmar parceria com seus irmãos e um cunhado para cultivar arroz irrigado no vale do Rio São Francisco, em Minas Gerais. Porém, devido a uma enchente, a plantação foi quase totalmente destruída e grande parte da obra foi perdida. 

Um ano depois, Oleval aceitou o chamado da União Leste Brasileira para se tornar caixa do Lançamento Médico-Missionário Luminar II e tesoureiro de uma escola agrícola fundada pelo pastor Carlos Sofield às margens do rio São Francisco. Porém, sua esposa adoecia continuamente com malária e, por recomendação médica e do pastor, eles retornaram para Taquara em 1966.

Lá, Oleval fez campanha por seis meses até aceitar um convite para trabalhar na Academia Rio Grande do Sul, responsável pela pecuária e pela leiteria. Em três meses, conseguiram dobrar a produção de leite, de 300 para 600 litros. Com o tempo, foi promovido a gerente da mercearia da escola e do setor de compras; depois trabalhou como caixa por quatro anos. Em 1969 concluiu o curso técnico de Contabilidade no Colégio Comercial Dr. Edmundo Staf. Em 1971, tornou-se tesoureiro da escola. 13

No início de 1972, Oleval aceitou o chamado para servir como tesoureiro do Colégio Brasileiro (hoje UNASP-SP), onde aprendeu muitas habilidades importantes para sua profissão desde a construção da Escola de Enfermagem e do templo da igreja. No entanto, em julho de 1973, sua filha mais nova desenvolveu graves complicações de Asma e só foi salva por um milagre. Assim, a Igreja o nomeou tesoureiro da Missão Sul Mato Grosso onde o clima era mais favorável. Muitas foram as dificuldades enfrentadas devido às condições financeiras, mas mesmo assim foram construídas a sede da Missão, além de 14 casas para pastores e um centro evangelístico. Além disso, mais pastores foram contratados e o número de distritos pastorais duplicou. 

Em julho de 1977, aceitou o chamado para ser tesoureiro da Missão Baixo Amazonas, sediada em Belém, no estado do Pará. Durante um período de seis anos, foram construídas 16 casas pastorais e o número de distritos pastorais aumentou de 10 para 27. Uma das estratégias que apoiou foi construir casas para obreiros da igreja e, desta forma, poupar dinheiro através do auxílio-aluguel, abrindo assim caminho para contratar novos pastores e pregar o Evangelho em novos lugares. Em 12 de março de 1983, foi ordenado ao ministério, podendo assim realizar batismos e casamentos nas regiões que visitou, já que em muitas delas não havia obreiros ordenados na igreja. 

Em julho de 1983, foi nomeado tesoureiro da Missão Amazônia Central, onde serviu até julho de 1984. Nesse período, participou como um dos pastores oficiantes de um grande batismo no Rio Negro onde foram batizadas 500 pessoas. Posteriormente, foi nomeado secretário e tesoureiro da Missão Norte Mato Grosso onde, em quatro anos, foram construídas 15 casas para pastores e muitos novos distritos pastorais foram estabelecidos. 

Em 1989, foi nomeado diretor administrativo da Clínica Adventista São Roque, no estado de São Paulo. Nesse ínterim, participou em 1990 de um curso intensivo de Teologia oferecido pela Divisão Sul-Americana, realizado em Itaipava, interior de São Paulo. Posteriormente, atuou como tesoureiro do UNASP no campus Engenheiro Coelho até se aposentar em 1996

A partir de 2004, atuou como tesoureiro da Associação dos Aposentados Adventistas da Associação Sindical Central Brasileira na cidade de Artur Nogueira, no estado de São Paulo. O pastor Oleval faleceu em 2015, aos 78 anos, e é lembrado pela contribuição de 35 anos que deixou para a Igreja Adventista no Brasil como tesoureiro e administrador, nos quais procurou promover a expansão da mensagem adventista em novos campos. 

 




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