Pastor Durval Stockler de Lima
(1909–1993)
Durval Stockler de Lima, pastor, administrador, editor, tradutor e escritor, nasceu em 3 de abril de 1909, na cidade de Santos, São Paulo, Brasil. Seus pais, Ernesto Maccario e Albina Bonander, eram suecos. Stockler de Lima tinha sete irmãos: Osvaldo, Osminda, Dermeval, Mauro, Ernesto, Esther e Lily.
Devido às limitações de saúde do pai, a mãe se dedicou ao comércio de roupas em cidades próximas à capital paulista; entre eles estava a cidade de Santo André, onde foram morar. Em 1922 teve o primeiro contato com a mensagem adventista quando dois colportores foram à sua casa. Eram Rodolfo Belz e Luiz Waldvogel. Na época a Casa Publicadora Brasil ficava em Santo André, o que contribuiu para que ele conhecesse a mensagem adventista.
Aos 14 anos, Durval começou a trabalhar na casa de um advogado adventista, onde era responsável pela administração de uma pequena fábrica de laticínios. Como parte de seu trabalho, ele tinha que distribuir leite para as famílias da Casa Editora Brasil. Em 1º de julho de 1923, aceitou convite para trabalhar na Editora Brasil, no departamento de tipografia e expedição. Meses depois, em 3 de maio de 1924, foi batizado na Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Dois anos depois, aderiu a uma campanha de colportagem com o objetivo de custear seus estudos no Colégio Brasileiro (atual UNASP-SP), onde, em 3 de julho de 1927, começou a estudar teologia. No segundo semestre de 1930, teve que interromper os estudos e voltar a trabalhar na Editora Brasil como editor e tradutor. Em 30 de junho de 19315 casou-se com Delila Stockler de Lima (1912 – 2013) com quem teve três filhos: Jurandyr Binajar S. de Lima (1935-2015), 7 Ubiratan Roberto S. de Lima (1944- 2008) e Ivan Moacyr.
Em 1932 Durval voltou ao curso de teologia, formando-se no mesmo ano. Após a formatura, ele colportou por mais três meses, até ser novamente chamado pela Casa Editora Brasil para retornar às suas funções de editor. Depois de mais dois anos trabalhando na Editora, foi diagnosticado com tuberculose intestinal. Por conta disso, ele começou a pesquisar e aprender muitas coisas sobre métodos naturais de tratamento, o que mais tarde se tornou uma marca registrada de seu ministério. Trabalhou na Casa Publicadora do Brasil até 1936. Depois aceitou o chamado para trabalhar na cidade de Lages, estado de Santa Catarina, onde lecionou por dois anos e liderou uma igreja local. Após se recuperar totalmente da doença, foi transferido para o bairro de Florianópolis, onde contribuiu para o desenvolvimento do adventismo naquela cidade.
Além disso, trabalhou como evangelista e realizou séries de reuniões. Em 1939 assumiu os departamentos de educação, Escola Sabatina e juventude da Missão Paraná, permanecendo nesse cargo por cinco anos. Enquanto morava na cidade de Curitiba, no Paraná, abriu o programa de rádio local Momento de Meditação, que foi uma ferramenta que levou muitas pessoas a Jesus.
Em 27 de janeiro de 1940 foi ordenado ao ministério pastoral 13 e em 1944 foi chamado para atuar como pastor distrital na cidade de Santos, litoral paulista. Em 1945 foi nomeado diretor do departamento de educação da Conferência de São Paulo, deixando o cargo em 1946 e tornando-se professor de teologia no Brazil College. Em 1948 retornou à Associação de São Paulo como diretor de atividades missionárias, permanecendo no cargo até ser nomeado presidente da Missão Mato Grosso em 1949.
Durval tentou introduzir o trabalho médico-missionário na conferência. Iniciou seu trabalho com um lançamento assistencial, com tratamentos especiais para pessoas acometidas pelo pênfigo. Na época, o número de pessoas que contraíam a doença era crescente e o pastor Stockler implementou o tratamento com receita obtida de um morador da região. Quando este novo recurso se tornou disponível, a reputação adventista na cura do pênfigo tornou-se conhecida a tal ponto que lhes foi concedido um terreno para a construção de um hospital para aquela doença específica.
Como a Associação União Sul do Brasil doou recursos, eles construíram a Clínica Adventista, um sanatório com tratamentos naturais localizado em Campo Grande, hoje território de Mato Grosso do Sul. Após a obtenção de recursos por meio da clínica, 15 meses depois de sua inauguração, foi concluída a primeira seção do hospital. Em outubro de 1952, foi inaugurado o Hospital Adventista Pênfigo, em Campo Grande. Em 1953, o Pastor Stockler trabalhou como reitor do Brazil College por seis meses.
Em 1953 teve um problema cardíaco que interrompeu suas atividades, então se aposentou em 1954 devido ao seu estado de saúde. Durval gostou particularmente de estudar sobre tratamentos naturais e estilos de vida saudáveis. Muitas vezes deu palestras sobre esses temas e também escreveu livros. Dois de seus livros foram publicados pela Editora Brasil. O primeiro foi Pontos Difíceis de Entender, em 1946; e Nutrição Orientada e os Remédios da Natureza, em 1985.
Devido ao seu estado de saúde, o pastor Stockler mudou-se para os Estados Unidos em busca de tratamento. Ao usar a Geléia Real, ele apresentou melhora considerável. Retornou ao Brasil em 1957. Com o plano de disseminar a geleia no Brasil, fundou em 1958 a empresa Nova Vida, baseada nos princípios de saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Stockler vendeu a empresa em 1974 para a Superbom, (Fábrica de Alimentos do Brasil) que continuou com a linha de produtos, geralmente mel, soja, amendoim e proteínas vegetais.
Durval Stockler faleceu em 22 de junho de 1993, no Hospital Adventista de São Paulo. Serviu à Igreja Adventista do Sétimo Dia no Brasil por mais de 20 anos, como pastor distrital e diretor de departamentos nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Paraná. Foi um grande divulgador de mensagens de saúde ao longo de sua vida, contribuindo para a cura de muitos acometidos pelo pênfigo em Mato Grosso. Também é conhecido pela construção do Hospital Adventista Pênfigo, em Campo Grande. Além de editar e traduzir para a Editora Brasil, foi desenvolvedor da fábrica de alimentos saudáveis Nova Vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário