Pastor Francisco Nunes de Siqueira
Francisco Nunes Siqueira foi pastor, educador e
administrador do Brasil.
Vida Pregressa
Francisco Nunes Siqueira nasceu em 6 de fevereiro
de 1916, em Mogi das Cruzes, São Paulo, Brasil. Era filho de Benedito
Nunes de Siqueira e Rita Siqueira, que tinha
outros cinco filhos, Inocêncio, Dyone, João, José e Luiz.
Ele veio de uma família pobre e aprendeu desde cedo a trabalhar para sobreviver. Seu pai morreu quando ele tinha seis anos. Como o pai trabalhava na construção de ferrovias e era o responsável pela renda da família, as despesas da casa agora precisavam ser custeadas integralmente por Francisco e seus irmãos. Eles dividiam o trabalho entre si, cabendo a Francisco e seu irmão José, o desjejum da família. Por isso, vendiam doces nos cinemas e engraxavam sapatos, entre outras coisas.
Sua família conheceu a mensagem adventista em 1932, com a chegada do pastor Jerônimo Granero Garcia, que conduziu uma série de reuniões evangelísticas em Mogi das Cruzes. Inocêncio, o irmão mais velho, frequentou os programas da igreja, aceitou a verdade bíblica e foi batizado no primeiro batismo adventista naquela cidade. O testemunho de seu irmão despertou o interesse de Francisco e, em 1933, ele começou a frequentar as aulas de batismo do pastor Germano Conrado. Francisco foi batizado pelo pastor Ennis V. Moore em 30 de dezembro de 1933.
Educação, Trabalho da Igreja Primitiva e Casamento
Em 1934, Francisco Siqueira participou do programa de formação de colportores oferecido pela Conferência de São Paulo em Santo Amaro, São Paulo. Após terminar o programa de colportor, ingressou no ministério editorial e trabalhou na cidade de Jaú. Isso destacou o início de seu ministério para a Igreja Adventista. Com o desejo de se tornar pastor para pregar o Evangelho, começou a estudar teologia em 1937 no Colégio Brasil (atual UNASP-SP), e fazia campanha durante as férias. Durante 1937-1938, vendeu literatura cristã em Franca, São Paulo. Durante as férias de verão de 1938, ele colabora na Missão Nordeste em Recife, Pernambuco, e nos verões de 1939-1940, trabalhou nas cidades de João Pessoa e Campina Grande na Paraíba.
Francisco Nunes Siqueira formou-se em 1942, e, no mesmo ano, ele foi convidado para ensinar em Butiá Escola Adventista em Turvo, Santa Catarina. Lá, ele ensinou francês, matemática, geografia, história e datilografia. Casou-se com Eliza Krüger e teve quatro filhos, Leia, Vânia, Gilberto e Flávio. Em 1944, ainda no Colégio Butiá, foi nomeado diretor das secretarias de educação e juventude da Missão Rio-Minas, que abrangia o estado de Minas Gerais, a Zona Sul do Rio de Janeiro e a União Federal. Distrito, e lá trabalhou até 1949.
Ordenação e serviço à Igreja
Francisco
Nunes Siqueira tinha o desejo fervoroso de
construir escolas autossustentáveis para receber alunos que não podiam arcar
com suas próprias despesas acadêmicas. Nessas escolas, os alunos
trabalhariam na agricultura para pagar suas mensalidades com os produtos que
cultivariam e venderiam. Para se habilitar a colocar em prática esse
plano, ele foi aos Estados Unidos da América (EUA) estudar Agronomia na Andrews
University. Permaneceu nos Estados Unidos até o final de 1951. Quando
retornou ao Brasil em 1952, supervisionou os departamentos de educação,
juventude, saúde e temperança da União Sindical do Sul do Brasil. Em 1953,
foi ordenado ao ministério pastoral. Em 1956, ele participou da
organização da Primeira Convenção Adventista da Juventude Sul-Americana no
bairro de Quitandinha em Petrópolis, Rio de Janeiro. Naquele mesmo ano,
ele era o editor da revista Escola Modelo, que
promovia recursos de ensino educacional adventista. Em 1957, dirigiu as
secretarias de educação e juventude da Conferência Sindical Sul-Brasileira.
Em 1958, Siqueira aceitou o convite para ser reitor do CAB (Brazil College), cargo que ocupou por um ano. Desejando progredir academicamente, ele se matriculou em disciplinas teológicas adicionais. Em 1959, ainda estudando, é convidado a ser professor do curso de teologia. Durante esse tempo, ele também participou de atividades ministeriais, auxiliando na igreja da instituição entre 1959-1961.
No final de 1961, Francisco Nunes Siqueira foi nomeado diretor do Departamento de Juventude da Divisão Sul-Americana (SAD). Assumiu o cargo no ano seguinte, quando se mudou com a família para Montevidéu, capital do Uruguai, onde ficava a sede da SAD. Durante sua gestão, coordenou a organização da II Convenção da Juventude da SAD em Curitiba, Paraná, em 1966. Também foi responsável pela organização de parte do programa destinado à juventude sul-americana na I Convenção Mundial da Juventude em 1969 na cidade de Zurique. Trabalhou na SAD até 1970.
Aposentadoria e Contribuição
Francisco
Nunes Siqueira deu aulas de Bíblia na Academia
Adventista do Paraná de 1971-1973. Depois disso, ele foi pastor distrital
da Conferência do Paraná, que incluía Curitiba, Paraná. Serviu a
igreja até se aposentar em 1976. Após se aposentar, pediu à Gravadora Boa Música que produzisse sua criação
artística Minha Herança, coletânea de canções
em que Siqueira canta e toca trompete com os filhos.
Francisco
Nunes Siqueira continuou muito ativo na
pregação do evangelho e, em Cambuquira, Minas Gerais, ele e sua família se
dedicaram à construção de igrejas. Ele morreu em 18 de agosto de 2004, aos
88 anos. Sua contribuição foi significativa para a Igreja Adventista no Brasil,
especialmente nas áreas de educação e juventude como diretor desses
departamentos nas estruturas administrativas de missão, união e divisão do
Sétimo Igreja Adventista de um dia.
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